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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Não Matem a Cotovia

Obra: Não matem a cotovia

Autor: Harper Lee

Páginas: 273

Resumo:
 A obra é iniciada quando a narradora, Jane, conta a história de quando o seu irmão tinha partido um braço quando pequeno. O pai de Jane, Atticus, vai trabalhar para longe de casa e os dois filhos foram com ele. A mãe deles tinha falecido quando era jovem. Jem, o irmão de Jane, e esta conhecem um garoto de 7 anos chamado Dill. Dill desafiou Jem para convencer Boo, um homem misterioso que vivia fechado em casa, a sair. Dill muda-se antes de estes conseguirem cumprir o desafio. A narradora vai para a escola, para o primeiro ano, e tem como professora Miss Caroline. Esta tentava limitar a sua imaginação e refutá-la nas suas ideias. Walter era um jovem de família pobre que nunca levava de comer para a escola porque a família era pobre e Atticus dá-lhe de comer. Os Ewells eram uma família que só ia no primeiro dia de aulas e não voltavam à escola. Jane, a narradora, explicava tudo a Miss Caroline sobre as pessoas da aldeia. Jane quer desistir da escola mas é impedida pela família. Dill regressa e os amigos matam as saudades dos tempos anteriores. O grupo procura continuar a partida anterior e fazer o homem sair de casa, enviando um papel pela sua janela. Atticus interrompeu-os e convenceu-os a desistir da brincadeira. Tentam espreitar para o interior da casa.
 Neva pela primeira vem em muito tempo e Jane, o pai e o irmão decidem tentar montar um boneco de neve. Eles estavam na rua à volta da fogueira. Jane não reparou mas, enquanto fitava o fogo, Boo tinha-a coberto com um cobertor. Houve um incêndio na casa de Boo e este ficou de cama devido aos ferimentos. O Natal chegou e tios e primos e a avó chegaram. Jane foi castigada por ter dito a palavra "rameira" mas alerta o tio, que lhe tinha batido na mão como castigo, que este não sabia nada de crianças já que estas diziam sempre palavras que não conheciam.
 Atticus e a professora de Jane disseram a esta que era pecado matar uma cotovia porque estas não perturbavam ninguém. A professora diz a Jane que o pai desta tinha um enorme talento quando se tratava de pontaria mas, ao perceber que isso lhe dava uma vantagem sobre as outras criaturas vivas, deixou de o praticar. A Sra. Dubose, uma mulher envelhecida e rabugenta, obriga Jem a fazer-lhe companhia e a ler para ela por ele ter destruído as suas camélias. Jem queria desistir mas o pai não deixou. Certo dia, Atticus encontra a senhora morta e admite a Jem que ela lhe tinha pedido para fazer o testamento por saber que estava a morrer e que o facto de ele lhe ter lido, era uma distracção para ela. Calpurnia, a criada negra da família, decide levar Jane e Jem à sua igreja já que o pai tinha saído. Ao chegar a esta, uma senhora de pele escura reclama que a igreja é apenas de negros e que não deviam entrar meninos brancos. Um homem, no entanto, permitiu a entrada deles. Jane e Jim notaram inicialmente uma grande diferença da igreja tradicional que frequentavam e não sabiam que fazer. Calpurnia guiou-os.
 Todos deram dinheiro para a esposa de um homem que agora estava preso porque ninguém lhe queria dar trabalho para sustentar os filhos. A tia Alexandra foi viver com Jane e Jem porque o pai estava sempre a trabalhar. Levou os dois filhos: Lily e Joshua. O julgamento do homem previamente mencionado aconteceu e Atticus era o advogado. Procurou obter toda a informação possível. O homem foi considerado culpado, por ter pele escura, e a família fica revoltada com a notícia. Atticus recebe a notícia de que ele tinha sido morto pela polícia com a desculpa de que este tinha tentado fugir. A revolta surge na família por ser um caso de descriminação racial. Hitler está a subir ao poder e Atticus ensina aos filhos que nunca se deve odiar ninguém por mais mal que façam. Num acidente de Halloween, Jem fica inconsciente e Jane fica ferida. Os dois recuperam bem. Atticus encontra Boo com uma faca nas costas e leva-o para o hospital onde estava Jem. Descobriu-se que afinal Boo não estava morto e, quando este acordou, quis logo visitar o quarto de Jem. A obra termina com Atticus a ler uma história a Jane.

domingo, 21 de janeiro de 2018

A Morte de Ivan Ilich



Obra: A Morte de Ivan Ilich

Autor: Lev Tolstoi

Páginas:184

Resumo:
 Esta obra é constituída por três contos:

A morte de Ivan Ilich

Fiódor Vassilievich, Ivan Egorovich e Piotr Ivanovich, membros do tribunal conversavam quando descobriam que Ivan Ilich tinha falecido por razões desconhecidas. Piotr foi visitar a recente viúva para mostrar os seus pêsames e para procurar saber mais sobre a tragédia.
 É narrado o percurso de vida de Ivan Ilich desde a sua infância até ao dia em que casou passando pela sua licenciatura. É narrado ainda o momento em que Ivan Ilich vai ao médico e percebe que tem uma doença grave. Ivan Ilich entra em modo de decadência, sentindo-se cada vez mais fraco e necessitando cada vez mais de cuidados. Apesar do apoio da esposa, sentia um profundo desgosto e medo da morte. Por não querer mostrar a sua necessidade de carinho e atenção, Ivan Ilich tornou-se frio e sisudo. Negava qualquer medicamento para acalmar as dores e procurava sempre estar sozinho, aceitando apenas visitas do seu criado. Após três dias de dores intensas, Ivan Ilich morre.

O diabo:
(o resumo deste capítulo pode ser encontrado noutra publicação mais antiga do blog: racairritadicadospoetas.blogspot.pt/2017/07/conto-o-diabo-autorlev-tolstoi-paginas.html

O padre Sérgio:
Um príncipe com uma mente brilhante e admirado por todos tinha rompido o matrimónio e fugido. Stepán Kasatski, o príncipe, tinha perdido o pai ainda jovem e fazia parte do exército, tendo uma carreira brilhante. A sua amada e comprometida era amante de um imperador. Um pouco antes do casamento, Mary, a noiva de Kasatski decide confessar a sua relação com o imperador e Kasatski fica profundamente magoado. Abandonou-a e isolou-se num convento onde se concentrou na sua vida interior. Após passar sete anos no convento foi condecorado sacerdote com o nome Sérgio. Os longos anos passados no monótono convento e a antipatia do abade responsável pelo edifício fizeram Sérgio deixar o local. Converteu-se em anacoreta enquanto estava numa cela pela ordem do prior do Tambino para este se isolar. Certo dia, um grupo de homens e mulheres ricas decidiram visitar Sérgio para ver o seu estado desde que tinha abandonado a noiva.
 Uma das mulheres fez uma aposta na qual tinha que conseguir seduzir o padre. Foi até à cela deste, dizendo que se tinha perdido e estava molhada e com frio. Sérgio temeu cair na tentação e por isso não a deixou entrar. A mulher entra de qualquer maneira e Sérgio decide deixá-la mudar de roupa num quarto à parte. A mulher desata o vestido e finge que está num forte tormento. Sérgio hesita mas acaba por entrar no quarto. Ao ver a mulher nua e sem dores, expulsa-a do local. A mulher tenta desculpar-se e promete mudar de vida. Sérgio dá-lhe a sua bênção.
 Esta história e o facto de a mulher ter ido para um convento fez com que Sérgio ganhasse a fama de fazer milagres. Docentes eram levados até ele e Sérgio conseguiu curar alguns. Sérgio começou a perceber que era usado no convento (onde voltou a morar) como máquina de fazer dinheiro e gerar visitas. A sua saúde começou a decair e ele deixou de receber visitas. Um negociante visita-o para lhe pedir que curasse a filha. Sérgio aceita mas, quando a jovem põe a mão dele no peito dela, manda-a embora.
 Devido a um sonho enviado por Deus, Sérgio decide visitar a sua ex-noiva. Encontra-a cansada e pobre. O marido desta estava de cama e ela tinha que tomar conta dos filhos e dos netos enquanto dava aulas de música para ganhar algum dinheiro. Ela explica ainda que não ia à missa por não ter dinheiro para comprar roupa para a família. Sérgio vai embora, dando-lhe a bênção e pede-lhe para não dizer a ninguém quem ele era. Sérgio percebe que ela era o que ele devia ter sido e por isso sai do convento e torna-se um peregrino, servindo apenas Deus e não os homens. Passa a viver nas terras de um lavrador rico trabalhando na horta deste dando aulas aos filhos deste e cuidando dos doentes.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Os Fidalgos da Casa Mourisca


Obra: Os Fidalgos da Casa Mourisca

Autor: Júlio Dinis

Páginas:464

Resumo
Os fidalgos da Casa Mourisca eram compostos por: D. Luís, o pai; Jorge e Maurício (os filhos). A mãe dos dois tinha falecido tal como a irmã destes. Descendiam de uma linhagem de nobres. D. Luís estava numa reunião causal com os seus amigos. Jorge, que tinha andado a passear pela herdade e a poetizar chega e junta-se à conversa. Jorge vai para a biblioteca onde se cruza com o seu irmão Maurício que está alterado por ter ouvido gente do povo a acusá-los de não trabalhar. Jorge concorda com a crítica já que a família tinha muitas despesas acumuladas e pensa em ir trabalhar. Os dois vão falar com o pai que, a primeira vez que ouve aquela ideia, pensa não ter dado uma vida boa aos filhos e essa era a razão para eles quererem ir trabalhar. Jorge e Maurício conseguem convencê-lo de que está errado e D.Luís passa a aceitar a ideia. Maurício ainda não tinha um emprego em mente mas a convicção de Jorge convenceu o pai de que era uma boa ideia. Os dois irmãos decidem ainda conversar com frei Januário, responsável pela gestão financeira da família e percebem que este tem gerido mal. Este acontecimento fez com que as pessoas da aldeia ganhassem mais respeito e afeição por Jorge.
 Tomé, um antigo e muito querido trabalhador da carta, recebe uma carta na qual a sua filha Berta anuncia uma visita. Berta chega e a sua atenção foca-se em Maurício com quem consegue estabelecer uma pequena conversa. Maurício conversa com Jorge e acaba por admitir a sua paixão por Berta. No dia seguinte, Maurício encontra Berta e inicia uma conversa com ela. No entanto, quando ele começa a falar emocionado sobre poesia e esta parece não dar muita importância, este fica hesitante sobre se ela é uma mulher especial ou comum. Maurício continua apaixonado por Berta e Tomé, o pai, pede a Jorge para vigiar o irmão e impedi-lo de arruinar a vida de Berto. Jorge assim faz.
 Corre o rumor de que Jorge namorava Berta, a filha de Tomé. Maurício teve um ataque de ciúmes e insultou Jorge. Berta veio a saber e decidiu afastar-se dele, deixando Maurício de coração partido. D. Luís vai a casa de Tomé mas apenas vê Berta. De início fica emocionado por lhe lembrar a sua filha mas acaba por lhe entregar as chaves da Casa Mourisca para dar a Tomé já que a casa estava em grandes dívidas. Frei Januário, Jorge e a Baronesa conversam para tentar resolver a dívida de casa. Tomé visita D. Luís enervado por considerar a entrega da casa uma ofenda pessoal. D. Luís tenta acalmá-lo. Jorge procura Tomé na casa deste mas este está a trabalhar na Casa Mourisca. Encontra Berta e a mãe que lhe agradecem o facto de ter defendido Berta num confronto. Maurício visita Berta  declara o seu amor por ela, conseguindo que esta fique corada. Maurício está com uns primos quando a encontra. Berta fica em estado de choque com os comentários que ouve e D. Luís retira-se dali deixando Maurício a sentir-se culpado. D. Luís vai falar com a Baronesa para retirar Maurício daquela aldeia e esta pensa enviá-lo para Lisboa. A Baronesa vai conversar com Maurício e, ao perceber que este amava verdadeiramente Berta, vai conversar com ela para obter informações. Quando Jorge ouve um homem que lhe pede para que Berta e o seu filho casem, fica inquieto e percebe que afinal amava Berta.
 Jorge conta a Tomé sobre o pedido que tinham feito à filha. Tomé decide falar com ela com Jorge presenta e esta supõe que o jovem seria um bom marido e decide aceitar. Jorge fica desolado. Tomé vai contar a notícia à sua esposa e Jorge e Berta ficam sozinhos. Berta acusa Jorge de ter algo contra ele e este declara que apenas sente ciúmes por ela estar apaixonada por Maurício. Jorge implora ainda a Berta que não se case com aquele desconhecido.
 A Baronesa preparava-se para partir e comenta com Jorge que D. Luís precisava de uma companhia feminina para o dia-a-dia. A Baronesa descobre ainda que Berta iria casar com um desconhecido e interroga Jorge sobre os sentimentos deste por Berta. A Baronesa parte sem dizer nada e Berta substitui-a junto da cama de D. Luís, que se encontrava bastante doente. Maurício pede ao pai permissão para ir para Lisboa para junto da prima Baronesa. Este concede e pede a Berta para ajudar com as malas. Berta vai falar com o pai do seu futuro esposo e confessa-lhe que está apaixonada por outro. O homem consente e vai falar com Jorge para perguntar se este sabia alguma coisa dos amores de Berta para ele poder averiguar se era um amor verdadeiro ou não. Maurício e a Baronesa (a sua prima Gabriela) decidem casar-se e pedem permissão a D. Luís. Este concede permissão. Berta conta a D. Luís sobre o seu casamento planeado e este rejeita a escolha do noivo por ser inferior a ela. O noivo de Berta apercebe-se de que Jorge tinha sofrido uma transformação de Jorge após saber que Berta estava apaixonada por outro e a mãe deste percebe que Jorge tinha um interesse amoroso em Berta. A mãe do noivo de Berta visita Jorge e repreende-o por ter sacrificado um verdadeiro amor. Perdoa ainda Jorge por amar a noiva do seu filho e apoia este amor. A mulher vai falar com Tomé e informa-o sobre o amor correspondido dos dois. Por fim, vai falar com D. Luís. Finge que apoia o casamento mas D. Luís confronta-a a firmando que o amor não era verdadeiro. Ana fica satisfeita com a resposta e confessa que o filho queria uma esposa que o amasse verdadeiramente. Ana conta ainda a D. Luís que Berta estava apaixonada por Jorge e este fica ofendido por Berta não ter sido honesta com ele. Berta explica que nem ela sabia se o amor era verdadeiro. Tomé chega o quarto para levar a filha para casa por a querer afastar daquela família e principalmente Jorge. D. Luís fica furioso ao perceber que o futuro de Berta iria ser arruinado pela não aceitação do pai face ao seu amor. D. Luís ia piorando mas melhorou um pouco ao ver os filhos e a esposa de Maurício. A família esperava dolorosamente pela morte do doente e Berta regressou para lhe fazer companhia. Jorge vai falar com o pai e este diz-lhe para ser feliz com Berta e arriscar o desgosto de Tomé. Berta e Jorge seguem as ordens e Tomé, ao ver Berta beijar as mãos de D. Luís, cede e aceita o casamento. D. Luís melhora e a família fica novamente unida.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A Valsa do Adeus


Obra: A Valsa do Adeus

Autor: Milan Kundera

Páginas: 210

Resumo:
 A obra começa com Ruzena, uma enfermeira,  a ligar para um homem e a dizer que engravidou dele. Os dois marcam um encontro para discutirem o assunto. Klima, o tal homem, que era casado, fica sem saber o que fazer e tem praticamente certeza de que o filho não era dele. Os membros da sua banda prometeram ajudá-lo. Klima fala com o seu amigo Bertlef sobre a sua vontade de convencer Ruzena a abortar. Klima fala com um médico que lhe explica o procedimento de como se descobre se alguém está grávido ou não e explica-lhe sobre o aborto. Eles encontram se é a conversa deles é interrompida por mulheres que pediam autógrafos a Klima. Decidem então dar um passeio de carro. Klima finge que ama Ruzena e promete a esta que o amor é verdadeiro para assim a persuadir a abortar. Ruzena acaba por ser persuadida. Conversa com companheiras suas que a alertam que Klima a tinha manipulado para servir os seus interesses. Ruzena acaba por ponderar e já não quer abortar. Ruzena é novamente persuadida a abortar e o seu amado Frantisek visita a para a impedir de se suicidar. Infelizmente não vai a tempo e Ruzena suicida-se. Frantisek culpa Klima por a ter morto quando o pedido de aborto foi negado. Frantisek diz não acreditar no suicídio e que Klima não era o pai da criança. Uma investigação é feita e há vários suspeitos.
 A obra termina com o doutor Skreta a pedir a Bertlef para que o adote. Este aceita e a obra chega ao fim.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Fausto


Obra: Fausto

Autor:Goethe

Páginas:524

Resumo:
A obra é iniciada com uma conversa entre "o senhor" e Mefistófoles, um diabo cruel. O senhor pergunta a Mefistófoles se este conhece o doutor Fausto e pede-lhe para lhe ensinar o caminho correto. Fausto e Wagner, um cientista, decidem mais uma vez invocar um espírito através dos ensinamentos de um livro e surge Mefistófoles. Mefistófoles assina um contrato no qual prometia servir Fausto durante a vida se este o servisse depois de morto. Fausto aceita e pede ao diabo conhecimento eterno e conhecer o que tem a vida. Fausto faz ainda uma aposta com o diabo na qual, se este conseguisse que ele não se questionasse mais, ele serviria o diabo.
 Um estudante chega, Fausto sai e Mefistófoles transforma-se em Fausto. O estudante pede-lhe conselhos e este diz-lhe para estudar e se esforçar. Como o estudante estava à espera de ouvir segredos, Mefistófoles assume o papel de diabo e aconselha-o a usar a manipulação. Fausto e Mefistófoles vão passear. Primeiro encontram um grupo de pessoas embriagadas para Fausto ver como aqueles homens viviam numa inconsciente felicidade. Visitam uma bruxa e esta faz um ritual com Fausto e dá-lhe uma poção de rejuvenescimento.
 Fausto vê uma rapariga e apaixona-se. Por se ter confessado e não ter pecados, Mefistófoles não pôde exercer poder sobre ela e, por isso, leva Fausto ao quarto dela. Fausto visita o quarto da rapariga, Margarida, e deixa-lhe uma caixa de jóias que Mefistófoles tinha feito aparecer no armário. A mãe de Margarida dá as jóias a um padre por estar desconfiada. Fausto repete a ação e Margarida vai contar a notícia à vizinha que lhe diz para não contar à mãe já que esta iria dar as jóias novamente ao padre. Mefistófoles visita as duas e diz à vizinha que o marido tinha falecido e que, no seu leito de morte, tinha-se queixado da mulher por não o ter deixado viver a sua vida. Mefistófoles aconselha a vizinha para se voltar a casar e diz a Margarida que espere um jovem no jardim para ele testemunhar a favor das palavras do falecido. Mefistófoles e a vizinha passeiam juntos e conversam. Fausto e Margarida passeiam e Fausto declara o seu amor por ela. Fausto e Mefistófoles saem e Fausto confessa o facto de não se sentir apropriado para uma figura tão pura como Margarida. Fausto e Margarida conversam e esta pergunta-lhe sobre a sua fé. Fausto procura contornar a situação por estar ligado ao diabo e Margarida não toca mais no assunto. O irmão de Margarida chega e, ao ver Fausto junto da janela da irmã a cantar, entra numa briga com Mefistófoles que acaba por matá-lo. O irmão diz a Margarida que esta tinha perdido a virtude e que ele morria pelos amores dela. Um espírito maligno sussurra ao ouvido de Margarida que esta está condenada pelos seus pecados. Fausto e Mefistófoles vão para as Montanhas do Harz onde encontram bruxas e vozes que os procuram separar. Os dois continuam juntos e Mefistófoles explica a Fausto as pessoas que vê. As criaturas estavam no meio de um baile e Fausto e Mefistófoles começaram a dançar.
 Margarida é presa por ter morto o filho que teve com Fausto e Fausto implora a Mefistófoles que o leve até ela. Fausto procura levar Margarida mas esta parece hesitar. Mefistófoles chega porque o dia já está a nascer e ameaça Fausto de que, se este não saísse, os dois iam ficar presos. Fausto sai e Margarida fica na cela.

Segunda parte
Fausto está na natureza a descansar. Mefistófoles persuade um imperador a deixar que lhe empreste dinheiro, que era uma necessidade urgente do Reino. Enquanto um baile de máscaras ocorre, as flores falam entre si. O imperador recebe uma carta assinada por ele na qual indica que irá perder dinheiro. Pede ajuda a Mefistófoles e dá-lhe controlo total pelas finanças e tesouros do Reino. Fausto repreende Mefistófoles em privado por estar a enganar o imperador e Mefistófoles consegue distrair Faust falando sobre criaturas fantásticas chamadas Madres que cativaram à atenção de Fausto. Fausto deveria visitar as Madres para assim trazer o espírito de Helena e Páris de volta à vida sob a ordem do imperador. Helena de Tróia entra num salão onde estão muitos entre os quais Fausto e Mefistófoles. Todos comentam sobre ela. Fausto fica inconsciente ao tentar remover Helena, por quem se apaixonou, de Páris. Mefistófoles visita Wagner, um cientista famoso, e leva o corpo inconsciente. Mefistófoles, um homúnculo e Fausto dirigem-se, sob o conselho do homúnculo, para a Grécia onde estarão umas bruxas que o iriam reanimar. Fausto acorda e pede ao centauro que o leve para junto de Helena. Este leva-o para junto de uma senhora que o iria ajudar a entrar no reino dos mortos e daí remover Helena. Mefistófoles e o homúnculo encontram um filósofo e este último pergunta-lhe como seria possível ele transformar-se numa pessoa total. O filósofo aconselha-o a ir para a água e os dois partem. No lago, Mefistófoles e o homúnculo encontram várias criaturas marítimas e o homúnculo acaba por falecer quando a sua fina proteção de vidro quebra. Mefistófoles encontra Helena no palácio de Menelau e diz a esta que o seu esposo se preparava para a sacrificar por esta ter iniciado a Guerra de Tróia. Mefistófoles leva Helena para o palácio de Fausto onde este elogia a sua beleza e declara o seu amor.
 Anos mais tarde, Fausto e Helena estão juntos e têm já um filho. O filho destes brincava alegremente a saltitar quando cai num abismo e morre. Helena fica tão profundamente magoada que também salta do abismo e morre. Mefistófoles e Fausto regressam a casa, onde ocorre uma guerra. Mefistófoles invoca três guerreiros lendários e Fausto leva-os ao imperador para que este ganhe a guerra.
 Fausto tem cem anos, é rico e famoso mas queixa-se a Mefistófoles de nunca mais falecer. Nessa tarde, o Cuidado visita Fausto e deixa-o cego. Mefistófoles prepara-se assim para finalmente remover a alma de Fausto. Fausto acaba por falecer nos braços de um Lémure. Os anjos invadem o local. Mefistófoles sofre com a luz e os anjos retiram a parte imortal de Fausto. Os anjos levam a alma de Fausto para o céu onde este se reencontra com a sua amada Helena.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A Selva

Obra: A Selva

Autor: Ferreira de Castro

Páginas: 288

Resumo:
Esta obra é iniciada com o senhor Balbino, um homem com posses económicas a queixar-se por ter pago um serviço que não teve. Macedo, o proprietário da "Flor da Amazónia", que ouvia as queixas do senhor Balbino, vê o seu sobrinho aparecer com face de quem tinha acabado de acordar e questiona o destino daquele jovem que não conseguia arranjar emprego. Macedo teve então a brilhante ideia de pedir ao senhor Balibino que deixasse o sobrinho trabalhar com eles no rio Madeiro. Este acaba por aceitar e Alberto embarca no "Justo Chermont". O ambiente em geral era cómodo mas pequenos detalhes como o ressonar dos colegas irritava Alberto. Alberto demorava ainda a acostumar-se com o ambiente o que faziam com que os dias demorassem mais a passar. Acabaram por chegar a terra e Alberto é dos poucos que tem coragem para desembarcar e visitar a cidade. Vai falar com o comendador para lhe pedir emprego mas este afirma não ter trabalho para ele. Alberto regressa então ao navio, sob os olhares suspeitos do senhor Balbino. O navio desembarca e todos os tripulantes saíram. Alberto ganha amizade com Firmino, que explica os perigos e as pessoas que ocupavam aquele território. Firmino não deixava Alberto um minuto sozinho e informou-o sobre os ataques dos índios aos civilizados. Firmino explica ainda a Alberto como fazer o trabalho para o qual ele tinha vindo:remover borracha das árvores.
 O proprietário máximo, no entanto, estava descontente com o trabalho de Alberto e avisa-o de que está em risco de ser despedido. O comércio da borracha entra em declive e o proprietário máximo contrata Alberto para tratar das finanças. Alberto aceita e despede-se de Firmino de forma emocionante. Alberto começa a trabalhar e mostra resultados impressionantes. Durante uma viagem do proprietário, Alberto e uns colegas decidem criar uma quinta. Alberto recebe a noticia de que foi amnistiado de Portugal e decide regressar mal tenha arranjado dinheiro suficiente. Um índio é morto por homens civilizados e Firmino vai pedir uma lima para madeira a Aberto, o que este acaba por conceder de forma secreta. O proprietário regressa e Alberto informa-o sobre a sua ideia de regressar a Portugal e terminar o seu curso de Direito (tinha sido expulso do país por ser monárquico") com o dinheiro que à mãe lhe tinha enviado. O patrão aceita e perdoa a pequena dívida que Alberto tinha para consigo.
 O proprietário recebe a notícia de que vários dos seus trabalhadores, incluindo Firmino, tinham partido com uma das melhores canoas, deixando todas as dívidas para trás. Decidiu mandar buscas atrás destes e, entretanto, acaba por encontrar um substituto para Alberto. Os fugitivos são encontrados. O proprietário hospeda os trabalhadores que os tinham trazido e um dos ajudantes do chefe amarra os fugitivos numa árvore. Durante a noite, os fugitivos foram ainda golpeados até sangrarem e o proprietário ditou que não iriam comer durante oito dias. Esta notícia enojou Alberto e este decidiu deitar-se um pouco. Alberto é acordado com a notícia de que a casa estava a arder. O incêndio estendeu-se para uma magnitude impressionante e o proprietário acabou por falecer. Após o fogo estar extinto, Dona Yáyá, uma empregada muito respeitada, admite a Alberto que foi ela quem ateou o fogo e fechou o proprietário lá dentro. Dona Yáyá explicou ainda que o tinha feito porque, apesar de amar bastante o patrão, este tinha-se desviado do caminho da liberdade e estava a tratar os fugitivos como escravos. Alberto ouve a explicação com calma e decide não acusar ninguém do sucedido.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Filoctetes


Obra: Filoctetes

Autor: Sófocles

Páginas:111

Resumo:
 Esta obra-prima da literatura grega tem por base três personagens: Filoctetes, Ulisses e Neoptólemo.
 Ulisses desembarca na ilha de Lemnos e pede a Neoptólemo, filho de Aquiles, que procure uma caverna específica onde estaria Filoctetes. A caverna aparenta estar vazia e por isso Ulisses ordena a Neoptólemo que fique ali à espera de Filoctetes, enquanto ele se iria instalar no navio. Ordena-lhe ainda que diga a Filoctetes que é o filho de Aquiles e que tinha abandonado o seu grupo por não querer lutar em terra estrangeira e que se preparava para ir para casa. Ao persuadir Filoctetes, Ulisses procurava roubar-lhe as armas de Héracles. Neoptólemo hesita por não achar correto mentir mas é persuadido pelas falas de Ulisses. Ulisses parte e pouco depois Filoctetes sai da gruta com roupas rotas e velhas. Neoptólemo responde sobre quem é e de onde vem e Filoctetes fica emocionado por falar com o filho de um amigo. A emoção rapidamente acaba quando este descobre que a sua história não era conhecida. Filoctetes conta a Neoptólemo que dez anos atrás o exército dos Aqueus o tinha abandonado naquela ilha quando ele adormeceu depois de uma viagem longa de barco. Neoptólemo fica sentido com esta história e explica a Filoctetes a sua raiva devido à morte do seu pai em batalha e o seu ódio em especial por Ulisses, governador dos Atridas, que tinha ficado com as armas do pai. Neoptólemo informa ainda Filoctetes sobre os amigos deste que tinham falecido e Filoctetes pede para que Neoptólemo o leve na sua nau. Neoptólemo acaba por aceitar mas, quando se estava a preparar para embarcar chega um Mercador que o avisa de uma conversa que tinha ouvido Ulisses ter na qual admitia querer levar Filoctetes aos Aqueus para conseguir destruir a cidadela de Tróia. Filoctetes insiste que os dois deviam partir o mais rápido possível. Neoptólemo ajuda Filoctetes a agarrar os seus pertences da gruta. Filoctetes sente uma dor infernal no pé e os dois decidem parar, deixando Filoctetes adormecer um pouco. Quando este acorda, os dois continuam a viagem até à nau. Neoptólemo parou bruscamente e revela a Filoctetes o seu plano de o levar para Tróia para lutar, como tinha pedido o Oráculo em vez de irem para casa como combinado. Filoctetes fica curioso e a sua raiva aumenta quando surge Ulisses, que o quer obrigar a ir no barco. Filoctetes mostra resistência em ir para Tróia e Ulisses decide partir com as preciosas armas de Filoctetes e deixá-lo novamente sozinho. Filoctetes fica sozinho com as suas lamentações até que Neoptólemo aparece novamente e diz ter desafiado as ordens de Ulisses e regressado para junto de Filoctetes e tentar convencê-lo mais uma vez. Entrega ainda o arco a Filoctetes, que ficou inicialmente desconfiado com as palavras de Neoptólemo e que aproveita a ocasião para apontar o arco a Ulisses. Neoptólemo consegue convencê-lo a não matar Ulisses e Héracles surge do céu indicando a Filóctetes que devia ajudar Neoptólemo na conquista de Tróia. Ele aceita e partem todos. A obra termina com o coro a pedir às ninfas do mar uma viagem segura.