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sábado, 28 de dezembro de 2019

A Paz

Obra: A Paz

Autor: Aristófanes

Resumo:
 A comédia nasceu do culto de Dioniso. As dionísias eram festas de sabor popular e representavam o regresso das vindimas através de uma procissão alegre e galhofeira enquanto se faziam comentários píncaros sobre os espetadores. A comédia devia ser desbocada e cheia de gracejos de mau gosto. Em Atenas, a comédia perdeu a sua linhagem plebeia e aprimorou o seu estilo. As comédias eram julgadas por um júri constituído por cinco cidadãos tirados à sorte entre os espetadores. O comediógrafo que representasse em último lugar tinha mais probabilidade de ganhar por o público ter mais presente a peça. A ordem era tirada à sorte.

Obra:
 Dois escravos andavam atarefados a alimentar um escaravelho. Um dos escravos comenta que o seu senhor. Trigeu rogava sempre a Zeus para que parasse de varrer a terra senão ia eliminar a população e que tinha trazido aquele escaravelho para este o levar a voar até Zeus. Chega Trigeu que sobe no escaravelho pronto para ir perguntar a Azeus o que ele tencionava fazer com os Gregos. O escravo e uma filha de Trigeu procuram convencê-lo do contrário mas sem sucesso.
 Trigeu chega à morada de Zeus e encontra Hermes, que lhe diz que os deuses tinham ido embora porque estavam fartos dos Gregos e das suas súplicas. Hermes diz que os Gregos só gostavam de estar em Guerra. A Guerra enterrou a Paz para ela não poder sair. A Guerra aparece e vai destruindo várias cidades gregas. O Tumulto chorava e a Guerra bateu-lhe e mandou-o ir buscar um pilão. Trigeu pede a Dioniso que o Tumulto não consiga trazer nada e ele chega de mãos vazias. A Guerra manda o Tumulto buscar um pilão à Lacedemónia mas também eles o tinham perdido.
 Trigeu apela ao coro de Gregos que se unam para desenterrar a Paz. Hermes apanha-o antes de realizar o plano e diz-lhe que Zeus condenou à morte os que tentassem desenterrar a paz. O coro e Trigeu usaram a persuasão e a admiração por Hermes para o convencerem a deixá-los seguir com o plano. Quando Trigeu diz que o Sol e a Lua queriam entregar os gregos aos Lacedemónios para serem os únicos deuses com oferendas, Hermes aceita.
 O coro e Trigeu fazem força e conseguem libertar a paz. Todos os helenos se abraçam e comemoram pelo fim da guerra, ansiosos por voltar a casa e se dedicarem à agricultura. Hermes começa um longo relato sobre como os Gregos expulsaram a paz e como os Lacedemónios apoiavam a  Guerra. A Paz estava tão ofendida com os Gregos que se recusava a falar diretamente com eles. Trigeu pede perdão e Hermes dá-lhe Opôra como esposa a Trigeu e incumbe-o de levar a Teoria para o conselho. Trigeu regressa a casa e é questionado pelo escravo sobre o que acontece depois da morte. Trigeu responde que se transformam em estrelas.
 Trigeu prontifica-se logo a reunir homens de bem para fazerem sacrifícios à Paz para que esta acabe com as guerras. Chega Hiérocles, o profeta e, ao ver os sacrifícios, diz que estão a cometer um erro grave por ainda não ser vontade dos deuses acabar com a guerra. Ao ver comida. Hiérocles quer um pedaço mas Trigeu afasta-o por não ter apoiado o sacrifício. Começam a chegar várias personagens para o banquete de casamento entre Opôra e Trigeu. Chega o Foiceiro, que agradece a Trigeu porque a Paz aumentou a venda de foices. Chega o mercador de armas e queixa-se de a Paz ter arruinado o seu negócio. Sai fulo por Trigeu se oferecer para comprar os seus artigos por um preço baixo para usar em tarefas quotidianas. Os que ficaram, deliciaram-se com o banquete e celebraram a sorte que tinham de a guerra ter acabado.