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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

As Aves


Obra: As Aves

Autor: Aristófanes

Páginas: 196

Resumo:
 Evélpides e Pistetero caminham. Pistetero leva uma gralha. Evélpides leva um gaio. Os dois procuram Tereu, seguindo as aves que o vendedor de aves tinha garantido que os ia guiar até Tereu. Saíram de Atenas por esta se basear em processos. Levam um cesto, uma panela e uns mirtos, o necessário para fundar uma cidade. Os pássaros começam a abrir o bico para o alto e os dois batem num penedo onde estaria Tereu. Surge o Servo de Tereu e, ao ver homens, fica assustado. Evélpides mente, dizendo ser um caguestruz e não humano e Pistetero diz ser um merdanço. Quando Tereu foi transformado, pediu para que o seu criado fosse também transformado para ter sempre companhia. Com o susto que todos apanharam, a gralha e o gaio fugiram. O servo foi acordar Tereu. Tereu aparece e os dois gozam com o bico e com a falta de penas dele. Os dois perguntam a Tereu se ele tinha visto alguma cidade feita de boa lã. Explicam que querem uma cidade governada de felicidade. Tereu menciona algumas mas elas têm sempre defeitos. Perguntam a Tereu como é a vida das aves e vivem sem dinheiro e comem sésamo, mirtos, papoila e hortelã. Pistetero afirma que as aves podiam ter um futuro brilhante e um grande poder se se deixassem guiar por ele. Dá a ideia de fundar uma cidade no céu para assim andarem em cima dos homens e derrotarão os deuses pela fome. Quando os homens fizerem sacrifícios, se os deuses não pagassem um tributo, não podiam receber o fumo destes. Tereu fica fascinada com a ideia e aceita ajudá-lo se as outras aves assim concordarem.
 Convoca as aves. Chega um flamingo; medo; outra poupa; um papa-jantares, etc. As aves falam em uníssono . Tereu conta a história toda e as aves acusam-no de traição por ter violado os costumes ancestrais e ter-se envolvido com humanos. Sugerem matar os dois humanos. As aves preparavam-se para atacar e Evélpides e Pistetero procuravam cobrir-se com as panelas que tinha trazido. Tereu convence-as a acalmarem-se e a ouvirem os humanos.
 Pistetero começa por realçar que as aves são reis por serem mais antigas que os deuses e a Terra; o galo foi o primeiro rei, sendo senhor dos Persas e, por isso, anda com uma coroa. Exemplos de aves que eram adoradas por certos povos e de como os deuses adotaram aves como símbolo. Agora as aves eram tratadas como inferiores pelo Homem. As aves ficaram fascinadas. Pistetero aconselha a construção de uma cidade no céu, exigir o poder de Zeus e, se este recusar, proíbe-se os deuses de irem para a terra; os humanos primeiro devem fazer sacrifícios às aves e só depois aos deuses. As aves ficaram entusiasmadas com o plano de Pistetero e concordam em segui-lo. Até Evélpides fica entusiasmado, imaginando o dinheiro que ia conseguir. Pistetero e Evélpides comem uma erva e ganham asas. As aves afirmam que, na sua cidade , os crimes condenados em Atenas não seriam punidos. Decidem o nome da cidade: Nefelocucolândia que mistura "nuvem" e "cuco". É chamado um sacerdote para fazer os rituais necessários mas Pistetero manda-o embora a meio por não estar a fazer os rituais corretamente. Aparece um poeta pronto a declamar hinos em honra da cidade e Pistetero tenta ver-se livre dele. Chega depois um intérprete de oráculos e Pistetero manda-o embora, sem ouvir os seus conselhos sobre os rituais a fazer. Aparece Méton, um geómetra e astrónomo, que vinha medir os céus. Pistetro despachou-o. Aparece um inspetor e Pistetero manda-o embora enquanto lhe bate. Chega um vendedor de decretos, pronto a vender as novas leis para a cidade. Pistetero manda-o embora. O inspetor e o vendedor de decretos regressam para ameaçar Pistetero mas este manda-os embora. Decide fazer os sacrifícios no interior.
 As aves decretam que aquele que tiver aves fechadas em gaiolas as deve soltar ou seriam eles presos. Chega um mensageiro a avisar a Pistetero que a muralha já estava construída e que tinha 100 metros. Chega um segundo mensageiro a dizer que um deus tinha voado para os céus através das portas deles sem que os gaios percebessem. Andavam todos a tentar apanhar esse deus. Pistetero vê Iris a vir do Olimpo e impede-lhe o caminho, tentando saber quem ela é. Íris ia ter com os mortais, por ordem de Zeus para lhes ordenar que façam sacrifícios aos deus do Olimpo. Pistetero avisa-a de que as aves eram agora os deuses dos mortais e manda-a embora, ignorando a ameaça de Iris de um castigo de Zeus.
 Aparece um arauto a oferecer a Pistetero uma coroa em nome de todos os povos por ter revolucionado a vida dos Homens, que agora baseiam o seu quotidiano no das aves. Algumas pessoas adotaram nomes/ alcunhas de aves. O arauto anuncia que milhares de homens se preparavam para ir para a nova cidade e Pistetero começa a preparar asas para os que aí vinham. Chega um Parricida que quer habitar a cidade por as aves não condenarem o ato de violência contra o próprio pai. Pistetero, no entanto, dá-lhe um escudo, uma espada e um capacete e diz-lhe para ir para o exército e deixar o pai em paz. Chega o poeta Cinésias a pedir umas asas para se inspirar para os seus poemas enquanto voa. Pistetero persegue Cinésias com um par de asas para lhe bater, quando este começa a dizer os seus versos. Cinésias sai. Chega um Sincofanta e pede asas a Pistetero para poder viajar de terra em terra a escrever processos contra estrangeiros mais facilmente. Pistetero agarra num chicote e bate-lhe até ele se afastar. Chega Prometeu com um chapéu, a tentar passar despercebido de Zeus, de quem tentava fugir. Pistetero reconhece-o e abriga-o no guarda-sol. Prometeu conta-lhe que Zeus andava atrapalhado, já que o fumo dos sacrifícios dos humanos não chegava aos deuses e os deuses bárbaros já ameaçavam Zeus. Prometeu avisa que iriam chegar embaixadores de Zeus e dos Tribalos (deuses do povo da Trácia) mas que as aves não deviam ceder aos seus pedidos a menos que Zeus lhes devolva o ceptro e dê a Realeza, deusa que é a personificação do poder de Zeus, em casamento a Pistetero. Prometeu parte.
 Chegam Posídon, Hércules e Tribalo. Pistetero e outras aves fingem estar a cozinhar aves que se preparavam para realizar um golpe contra o partido democrático das aves. Pistetero afirma que só aceita um acordo entre aves e deuses se Zeus restituir o ceptro às aves.Os deuses a princípio rejeitavam mas, quando Pistetero explica como as aves iriam ajudar os deuses quando algum humano não lhes prestasse o culto devido, os três aceitam. Pistetero pede ainda a Realeza em casamento. Posídon recusa o acordo, tentando convencer Hércules de que Pistetero os estava a enganar. Pistetero convence Hércules de que, por lei, ele não iria ficar com parte da herança de Zeus por ser bastardo mas sim Posídon. Hércules aceita entregar a Realiza a Pistetero e Posídon votou contra. Tribalo votou a favor e, por isso, foi acordado que Pistetero casar-se-ia com a Realeza.
 Os deuses vão avisar Júpiter e Pistetero prepara-se para o casamento. As aves cantam os hinos do casamento, alegrando-se pelo soberano que tinha tornado a cidade grandiosa.