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domingo, 12 de novembro de 2017

A mãe


Obra: A mãe

Autor: Maximo Gorki

Páginas:321

Resumo:
 Mikhail Vlassov era um serralheiro rude. Pavel, o seu filho de catorze anos, recusou-se certo dia a deixar que o pai o agredisse. O serralheiro saiu de casa e não voltou a falar nem a olhar para o filho. Morreu dois anos depois com uma hérnia. Com a morte do pai, Pavel ficou obrigado a trabalhar na fábrica para sustentar a família. Vivia descontente com a monotonia da vida e lia para saber a verdade. A mãe sofria com a certeza de que o filho corria um grande perigo por ser diferente.
 Chegam dois homens e uma mulher da cidade. São rudes e foram visitar Pavel a sua casa. Após algum tempo de conversa, a mãe acaba por ganhar gosto por eles e pelas suas ideias. As reuniões tornam-se mais frequentes e nestas discutiam ideias comunistas e de revolução. Começaram a haver conspirações sobre as reuniões e eles foram vistos como rebeldes. A polícia vai a casa de Pavel e revista tudo o que pode. Prendem André e Vessovtchikov, deixando apenas Natacha. Um visito de Pavel visita-o e admite estar curioso pela calma que via quando este recebia convidados. Compromete-se a ouvir Pavel e a partilhar opiniões.
 Pavel continua a tentar agrupar pessoas interessadas nos seus ideias e é preso. André e Vessovtchikov são soltos e tomam conta da mãe e da missão. André passa a ser o responsável pelas reuniões do grupo. Decidem começar a espalhar panfletos com os seus ideais pelas fábricas. Pavel é solto e, junto com André, cria uma manifestação pública. Alguns apoiam-nos pelas ruas e outros repreendem o perigo a que se estão a expor. Vários trabalhadores fabris juntam-se a eles e juntam cantam o hino da revolução. Os soldados chegam e prendem vários, sendo um deles Pavel.
 A mãe vai para um local onde vivem homens e mulheres que ouviram e apoiaram as ideias de Pavel. Ela é chamada de "mãe" por todos e procura defender os ideais do filho, sendo por isso bastante respeitada. Nesse campo há entrega de livros para abrir as mentes que se preparavam para uma revolução contra os donos das fabricas. Vessovtchikov foge da prisão e vai esconder-se no campo. Um dos membros dos revolucionários acaba por falecer, No momento em que se preparavam para enterrar o camarada, foram impedidos pelas autoridades e tiveram que fugir apressadamente. O membro responsável por espalhar os folhetos da revolução corre para o campo por estar a ser perseguido. A polícia rural visita-os e, ao perceber que eles não estavam dispostos a obedecer, vão embora com uma ameaça. O membro anterior é preso e a mãe arranja um plano para o ajudar a fugir da prisão. O plano corre como planeado e retomam ao campo.
 O dia do julgamento de Pavel e dos outros membros da revolução chega e este decide defender-se a si mesmo, expondo os ideais por que lutava. Foram deportados para a Sibéria e a futura esposa de Pavel parte junto dele. No dia seguinte, a mãe preparava-se para partir para outra cidade, quando é acusada de ladra ao distribuir os folhetos do discurso do filho. É agredida violentamente enquanto professa os ideais que ela e o filho defendiam. As pessoas que assistiam repreendiam os guardas enquanto a mãe era estrangulada.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A Mulher de Trinta Anos



Obra: A Mulher de Trinta Anos

Autor: Honoré de Balzac

Páginas: 230

Resumo:
Júlia, uma jovem solteira, visita um desfile com o seu pai. Encontravam-se em Paris e o desfile estava destinado à despedida de Napoleão para a guerra. Júlia fica comovida com o sofrimento de um cavalo e o pai remove-a dali. O pai, que tinha reparado na troca de olhares entre a filha e um coronel, repreende-a por não considerar aquele homem correto para casar.
 Um ano depois, os dois estavam casados e Júlia tinha um ar abatido. Devido a assuntos militares, o conde, seu esposo, teve que a deixar na casa de uma tia que vivia no campo. As duas acabam por ganhar familiaridade e confiança. Certa noite, a tia encontra Júlia a escrever uma carta e a chorar. Após alguma insistência, Júlia admite que o motivo do seu pessimismo e ódio ao casamento deve-se ao facto de ela sofrer como mulher casada. Admite amar o seu esposo como irmão e que, por vezes, sentia que ele a procurava demasiado. A tia compreende-a e apoia-a. fortalecendo assim ainda mais a relação entre as duas. Júlia viu na tia a mãe que nunca teve e que necessitava, principalmente após a morte do pai. Um criado do conde visita-as no dia seguinte e avisa Júlia de que o serviço militar do conde tinha tido sucesso e por isso ela devia mudar de cidade, de volta para Paris, com o marido. Ela parte e a tia promete visitá-los algum dia. 
 Ao chegar a Paris, Júlia recebe a notícia da morte da tia, que a deixa novamente destroçada. O marido é promovido a marquês e dá à esposa a responsabilidade de governar o dinheiro e a casa. Júlia sente-se infeliz com estas tarefas por considerar serem masculinas e a sua doença e pessimismo regressam. Tem uma filha, Helena, que fez com que a sua vida fosse menos infeliz e solitária. O marido, no entanto, torna-se frio e distante, fazendo Júlia dedicar-se inteiramente à filha para esquecer a angústia. Certa noite, o conde chega a casa, após ter visitado a senhora de Sérizy e Júlia percebe que esta tinha roubado o coração do marido. Aceita o convite desta para ir a uma festa e pretende seduzir o marido: Quando este estivesse louco de amores por ela, Júlia iria desprezá-lo. Júlia foi à festa e começou a tocar piano e a cantar. Todos a rodearam, maravilhados, mas ela interrompeu a canção ao ver Artur, um cavaleiro inglês que várias vezes a tinha seguido sem nunca dizer nada. Todos se perguntam sobre o porquê da infelicidade de Júlia e o marquês usa esta como desculpa para a sua infidelidade. Artur repreende-o e aproveita a constante ausência do marido para visitar Júlia. Os dois passeiam pela cidade e acabam por dar as mãos. Os dois confessam o seu amor e Júlia aconselha Artur a partir de Paris para não se magoarem mais com o amor proibido. Este obedece e Júlia vai para casa com o marido. O marquês parte para uma caçada e Artur visita Júlia, afirmando não ter tido coragem para a a deixar e nunca mais a ver. Júlia sente-se perdida com esta dedicação mas rapidamente acorda quando sente o marido chegar a casa mais cedo. Esconde Artur na varanda e, enquanto o marido dorme, ela leva-o para fora de casa.
 No dia seguinte, surge a notícia da morte de Artur devido ao frio que este tinha apanhada à espera de uma amante. Júlia entra num desgosto tão profundo que nem a sua filha consegue ver. Recebe a visita de um padre que acaba por lhe dar algum entusiasmo ao ouvir e corresponder a sua dor.
 Anos mais tarde, quando Júlia tinha trinta anos, recebeu a visita de Carlos de Vandenesse, um italiano com ideais interessantes e únicos. Os dois discutem sobre assuntos intelectuais diversos e acabam por ficar interessados um no outro. Carlos, mesmo sentindo-se inferior, continuava a visitar aquela mulher devido ao fascínio que sentia. O interesse amoroso crescia mas Júlia estava demasiado magoada para o aceitar como amante.
 Anos mais tarde, Júlia passeava com a sua filha Helena e com o seu filho Carlos. Carlos tenta brincar com a irmã mas esta, devido ao seu mau humor, acaba por empurrá-lo e este cai na lama. O menino falece.
 Anos depois, Júlia está em casa de Carlos quando o marido entra com Helena e Gustavo, o filho mais novo dos dois. Chegavam do teatro e vinham mal humorados, o que deu origem a várias discussões. O casal tem mais dois filhos: Moina e Abel.
 Certo dia, um homem aflito bate à porta e o marquês recebe-o, concordando com a ideia de o receber por duas horas e  dar-lhe água. Após ouvir de um polícia o crime que o homem cometeu (matar um idoso), o marquês admite não conseguir recebê-lo por mais tempo. Este preparava-se para sair quando Helena, a filha do casal, admite querer partir com o assassino. Os pais ficam abismados com a notícia e tentam impedi-la a todo o custo. Esta acaba por cumprir o seu desejo.
 Anos mais tarde, o marquês estava no meio do mar quando decide atacar um navio pirata. Neste, é atacado e os companheiros são mortos. Na altura em que o iam atacar, é reconhecido como pai de Helena, esposa do chefe do navio, e é levado para esta. Os dois partilham a saudade e o marquês parte com a certeza da felicidade da filha.
 Anos mais tarde, um dos filhos de Helena falece e esta acaba por partir com ele. Júlia encontrava-se junto da filha e ouve o apelo desta para a proteção da irmã mais nova face às desgraças da vida.
 Anos depois, Moina estava prestes a casar com um homem rico e a mãe imaginava o sofrimento que a filha teria que atravessar ao longo da vida, tal como ela. Júlia procura alertar a filha sobre as desgraças da vida mas esta, devido à impaciência de jovem, acaba por não a ouvir. Júlia falece nos braços da criada da filha, poucos minutos depois, e o seu último desejo é o de não assustar a filha. Moina, ao ver a mãe, fica com o coração destroçado e inicia o seu sofrimento.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Se não agora, quando?


Obra: Se não agora, quando?

Autor: Primo Levi

Páginas:237

Resumo:
Leonid e Mendel acabam de se conhecer e decidem passar a noite num celeiro. Relembram momentos de infância e da Primeira Guerra Mundial. Ambos são judeus que vivem na Rússia . Leonid era um soldado e Mendel era um mercador. Uma criança camponesa viu-os e fugiu. Eles decidem partir do esconderijo antes que uns camponeses os fossem buscar e mandar prender. Refugiam-se num avião que já não funcionava. O dono do avião chegou e, devido à solidão de estar à muito tempo refugiado ali, aceitou que os dois ficassem ali por duas noites. Era russo e aceitou partilhar a sua refeição. Após essa noite, Mendel decide questionar o russo sobre os grupos de resistentes que tinha ouvido falar mas este não tinha muita informação. Os três jogam xadrez e dormem novamente.
 No dia seguinte, Mendel decide ir em direção ao local onde o russo afirmou ter visto uma vez um grupo de resistentes e Leonid segue-o. Roubam um burro e farinha a um ucraniano e procuram vendê-la ao ancião de uma aldeia. Conseguem trocá-la por tabaco. Leonid, ao saber do plano de Mendel  pensa separa-se deste por não querer mais guerra mas acabam por continuar juntos. Encontram um acampamento onde se celebra o suposto fim da Segunda Guerra Mundial. No dia seguinte, Leonid e Mendel são interrogados sobre o porquê de estarem à procura dos resistentes e foram expulsos do campo. Decidiram caminhar até um lugar que os soldados tinham dito ser constituído apenas por judeus e demoraram dez dias (atormentados pela chuva) para lá chegar. Ao chegarem são bem recebidos por serem soldados e são instruídos no trabalho auto sustentável do campo. Decidem destruir um carril para desviar um comboio alemão e prevenir um ataque. Esperam pacientemente pela chegada de aliados e pela ajuda dos resistentes. Atacam alemães num mosteiro e fogem. Ficam sem roupas nem mantimentos e sem lugar para ir devido à destruição do local anterior. Leonid separa-se e Mendel continua a viagem sozinho. Descobre outro acampamento e visita-o. É acolhido como soldado para os ajudarem na defesa dos alemães. No acampamento, todos vivem numa agitação por tentar roubar mantimentos alemães e protegerem-se dos ataques destes.
 Encontram Leonid que se encontrava atado e os membros do acampamento ficam confusos com as acusações deste ao chefe do acampamento. Decidem esconder-se numa vila. Leonid é morto e Line,a amada de Mendel é-lhe retirada, o que o deixou devastado. Mendel é convidado para realizar um casamento entre um casal do acampamento. São presos pela NKVD e o chefe do grupo, Gedale, consegue negociar e fazer com que o grupo obtenha armas para se defender. Fogem das instalações através de uns camiões que encontraram e partiram em direção a Glogau.
 Vão para a Itália e encontram uma senhora nobre de descendência judia que os acolhe e os envia para um campo que tinha sido destruído pela guerra. Ganham intimidade com a senhora e com o esposo. A obra termina com a cena de um parto e com a notícia vinda pelo jornal de que uma bomba tinha caído em Hiroshima.