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sábado, 27 de agosto de 2016

Orgulho e Preconceito




Obra:Orgulho e Preconceito

Autora: Jane Austen

Páginas:359

Resumo: Esta obra relata o quotidiano de uma família pertencente à pequena burguesia inglesa composta por uma mãe, Mrs. Bennet, cujo objetivo primário é casar as suas cinco filhas, Elizabeth (Lizzie), Jane, Lydia, Mary e Kitty para que estas tenham um bom futuro, e um pai, Mr. Bennet, atencioso com as filhas, querendo sempre o melhor para estas mas não as forçando ao casamento como a esposa.
 No início desta história, o leitor descobre que um jovem rico, Mr. Bingley, se instalou recentemente na localidade da família Bennet e que este tem tido bastante visitas de diversos vizinhos interessados em criar uma ligação matrimonial com a família deste. Mrs. Bennet, ao ouvir esta novidade não se conteve e insistiu também que as suas filhas lhe fossem apresentadas, levando-as assim a um baile onde este se acaba por interessar por Jane, a filha mais velha. Nesse mesmo evento, a família conhece Mr. Darcy, um amigo próximo de Mr. Bingley mas ficam com uma péssima impressão deste por ser antissocial e desprezar dançar com as mulheres ali presentes. Mr. Darcy, no entanto, começa a ganhar um certo interesse em Elizabeth mas esta, por ser independente e inteligente, despreza as tentativas deste de um momento de solidão entre os dois.
  Após este baile, Jane ganha um relacionamento de amizade com as duas irmãs de Mr. Bingley e, ao ser convidada por estas a passar uns dias na casa dos três, decide aceitar. Jane acaba por adoecer mal chegou ao local e é obrigada a ficar hospedada na casa. Elizabeth, preocupada com a irmã, decide ir visitá-la e fica uns dias com ela até melhorar. Nestes dias, Lizzie é criticada pelas irmãs do dono da casa devido ao seu relacionamento com Mr. Darcy mas decide ignorar estas. Jane acaba por fim por melhorar e Elizabeth toma a decisão de regressar a casa com Jane o mais rápido possível, contra a vontade dos pais e do anfitrião.
 Elizabeth acaba por conhecer dois senhores, durante o tempo em que Mr, Darcy e Mr. Bingley estão ausentes: o primeiro, Mr. Collins, um primo do pai, pertencente ao clero, que ganhou um sério interesse nesta mas, ao não ter os seus sentimentos retribuídos, acaba por casar com uma amiga desta que conheceu numa visita à residência Bennet; o segundo, Mr. Wickam, um oficial do exército, por quem se interessa de forma intensa mas, ao descobrir sobre o desentendimento deste com Mr. Darcy acaba primeiro por odiar este segundo. Mr. Darcy acaba por se encontrar com Elizabeth e, num momento em que estes se encontram sós, pede-a em casamento. Elizabeth recusa profundamente mas, ao ler uma carta que este lhe mandou a explicar a sua relação com Mr. Wickam, esta percebe que fez o julgamento errado e que Mr. Darcy é na verdade inocente. Elizabeth fica pensativa e começa a ganhar sentimentos por este.
 Entretanto, uma das irmãs mais novas de Elizabeth, Lydia, foge com Mr. Wickam, com a intenção de se casarem e toda a família fica em choque, sendo Mr, Darcy quem resolve o assunto e fazer com que se casem com a presença dos pais. Ao saber o que este fez pela irmã, Elizabeth decide assim aceitar casar-se com Mr. Darcy o que é um choque para a família. Mrs. Bennet vê assim parte do seu sonho realizado, com Elizabeth casada com Mr. Darcy, Jane com Mr. Bingley e Lydia com Mr. Wickam.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Os Maias

Obra: Os Maias

Autor:Eça de Queiroz

Páginas: 716

Resumo:Esta famosa obra, direcionada aos alunos do 11.º ano de todas as instituições de ensino,encontra-se inserida num conjunto de obras do autor que representam a vida tradicional portuguesa. "Os Maias" retrata assim o lado romântico desta, narrando uma biografia de relações amorosas de três gerações.
 Primeiramente, é-nos introduzida a infância de Afonso da Maia, um jovem discreto e caseiro que era constantemente repreendido pelo seu pai, devido ao ser comportamento, já que este queria que o seu filho fosse um homem forte e com espírito de guerreiro. Afonso, certo dia, acaba por partir para a Inglaterra, com ajuda monetária do pai que considerava ser uma ótima ideia já que poderia incentivar o seu filho a deixar de ser um "jacobino" (palavra que ele atribuía a Afonso), e este acaba por se apaixonar pela cultura e pelos modos daquela civilização. Afonso vê-se obrigado a regressar a Lisboa devido à notícia da morte do seu pai e conhece D.Maria Eduarda Runa, filha de um conde, por quem se apaixona. Os dois amados acabam por se casar e ter um filho, Pedro da Maia, continuando a viver em Lisboa.
 No entanto, Afonso encontrava-se descontente com a sociedade nobre de Lisboa, considerando-a inferior à de Inglaterra e atreveu-se até a comentar o seu descontentamento com amigos próximos, que espalharam a palavra até à polícia. Esta arrombou a casa de Afonso, procurando armas, mas não encontrou nada suspeito. Depois deste acontecimento, Afonso toma a decisão de abandonar Lisboa com a mulher e o filho para se exilar na Inglaterra onde vivia como um fidalgo. Maria Eduarda, por sua vez, encontrava-se descontente por estar longe da sua pátria e esforçava-se para manter a educação do filho o mais portuguesa possível, o que incomodava Afonso, já que considerava que o seu filho não aproveitava a vida, sempre protegido pelas aias e pela mãe.
 Afonso decide regressar a Lisboa, passando a ter sempre a sua casa repleta de padres e frades, que viviam à sua custa, devido à forte religião da esposa. Maria Eduarda acaba também por falecer e Pedro da Maia intensifica o seu lado "murcho", ficando num luto profundo. Pedro encontra-se com uma rapariga na rua, interessando-se logo por ela e tenta saber o máximo possível desta.
 A rapariga misteriosa tinha como apelido "a negreira", já que se acreditava que o seu pai tinha enriquecido com o tráfico de escravos negros o que não agradou a Afonso, que recusou aceitar a relação do filho. Pedro acaba assim por fugir com a sua amada, Maria Monforte, casando-se e partindo para Itália. Maria sentia-se infeliz neste país já que ansiava por ir a Paris o que o marido cedeu sem pensar duas vezes. Ao chegarem a Paris, perceberam que este estava em revolução e por isso o casal fugiu de novo para Lisboa com Maria grávida. Ao chegarem a Lisboa, pensaram em conciliar com Afonso da Maia e resolver as coisas entre eles mas tiveram a notícia de que este tinha partido dois dias antes da chegada destes.
 Em Lisboa, o casal fez amigos e tornaram-se conhecidos pelas grandiosas festas que realizavam. Pedro não estava muito contente com esta vida mas queria manter a mulher feliz e por isso aceitava-a. Pedro e Maria tiveram dois filhos, tendo o primeiro o nome de Carlos Eduardo devido a uma novela que Maria estava a ler, e a segunda, Maria Eduarda. Pedro chegou a sentir pena da solidão do seu avô e a pensar na reconciliação mas não encontrava meios para o fazer.
 Um dia aleatório, Pedro recolheu em sua casa um príncipe italiano que ganhou logo o interesse de Maria, fugindo com este e com a filha mais nova do casal. Pedro procurou rapidamente o conforto do pai que o acolheu e ao filho deste. Nessa noite, Pedro deitou-se cedo, acordando a casa com um tiro que este deu a si próprio, devido ao desgosto que sentia.
 Afonso toma assim a responsabilidade de educar o neto como um homem forte e corajoso, sem lhe impor os princípios cristãos, o que incomoda o abade. Carlos decide seguir Medicina na universidade de Coimbra onde encontra João da Ega e este se torna um grande amigo da família. João da Ega, num simples resumo, era um ateu, critico forte da igreja, que estudava Direito em Coimbra e logos e integrou na família dos Maias. Carlos decide abrir um consultório em Lisboa, tendo o infortúnio de quase não ter clientes. Carlos, namoradeiro como era, interessou-se por uma jovem com quem se cruzou à porta de um hotel, e apressou-se a descobrir tudo sobre ela e a encontrá-la.
 Foi Dâmaso, um antigo amigo da família, quem fez as apresentações entre os dois, convidando-o para cuidar da filha desta de seis anos, Rosa, que se encontrava um pouco doente. A amada de Carlos ficou grata a este e não pensou duas vezes em chamar este quando a sua criada inglesa adoeceu. Carlos passa assim a visitar Maria Eduarda, a sua amada, diariamente, enquanto o marido desta se encontrava no Brasil em negócios, e os dois foram ficando próximos, chegando Carlos a comprar uma casa para esta ficar. Dâmaso, no entanto, tornou-se invejoso ao ver esta relação e começou a espalhar rumores sobre estes o que fez Carlos planear um exílio para Itália com a sua amada e a filha desta mas não o fez por respeito ao avô.
 O marido de Maria Eduarda acaba por ouvir os rumores e parte para Lisboa para se encontrar com Carlos. Revela-lhe que Maria Eduarda não é sua mulher, mas sim alguém que ele acolheu, junto com a filha desta, por caridade. Maria começa assim a perder valor aos olhos de Carlos que a considerava interesseira, o que leva este a ir encontrar-se com ela. Carlos cruzou-se com a criada desta, Melanie, que lhe explicou que a senhora não tinha qualquer interesse no dinheiro do suposto marido. Carlos decide mesmo assim conversar com Maria Eduarda, ouvindo a explicação desta sobre a sua vida repleta de sofrimento e miséria. O apaixonado não consegue resistir às palavras da sua amada e acaba por pedi-la em casamento, o que esta aceita. O casal decide esperar um tempo até ao casamento, já que procuravam oferecer um final de vida pacífico ao avô que não aceitaria esta relação, sabendo o passado de Maria Eduarda.
 Num Sarau da Trindade, onde os amigos de Carlos e Ega se juntaram para ouvir poesia e música clássica, Ega conhece o Sr. Guimarães, tio de Dâmaso, com quem estabelece uma relação de amizade. O Sr. Guimarães, decide confiar em Ega e, por saber que este era próximo a Carlos da Maia, entrega-lhe uma caixa com documentos da mãe de Carlos, fazendo uma alusão a uma suposta irmã deste. Ega fica admirado, sem saber ao que este se referia e decide explorar melhor o assunto. Sr. Guimarães acaba por explicar a situação a Ega, afirmando que Carlos e Maria Eduarda eram na verdade irmãos.
 Ega decide contar a Vilaça, o procurador da família Maia, e este conta a Carlos sobre a situação, com as provas da caixa. Carlos fica chocado e em negação e decide mostrar os documentos ao avô, que desconhecia da sua relação com Maria Eduarda. O avô confirma que pode ser verdade aquela história e procura saber mais sobre o assunto. Carlos decide visitar Maria Eduarda, planeando partir no dia seguinte e nunca mais a ver mas os dois acabam envolvendo-se novamente e este fica com dúvidas sobre a sua partida. Afonso da Maia acaba por falecer, poucos dias depois, devido a um doença crônica e Carlos decide, de uma vez por todas, partir para longe, deixando a Ega a missão de contar a Maria Eduarda sobre a relação de parentesco entre os dois e de lhe dar algum dinheiro para esta partir para Paris.
 Carlos e Ega viajam assim pelo mundo, acabando Carlos por se instalar em Paris e Ega em Lisboa, ficando vários anos longe um do outro. Os dois amigos acabam por se reunir em Lisboa e exploram a cidade, pondo a conversa em dia. Por fim, os dois visitam novamente o Ramalhete, onde viveram grandes emoções, e recordam os momentos que ali passaram.