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terça-feira, 19 de setembro de 2017

To kill or be killed


Obra:To Kill or Be Killed

Autor:Munro Carson

Páginas:139

Resumo:
 Antes de começar o resumo desta obra, devo realçar que este livro é um mistério da literatura por não ser nada conhecido, ao ponto de não haver uma tradução para português. Esta obra é iniciada quando uma personagem, que ficamos a saber através de pensamentos que trabalhava como motorista em assaltos a bancos, se encontra a fugir pelas ruas de um grupo que o quer matar. A personagem acabou por ser baleada mas conseguiu levantar-se e continuou a fugir, até se deparar com um muro de areia que tentou escalar. A missão foi cumprida e a personagem acabou por se esconder num vagão de mercadoria que passava nesse momento, despistando assim o grupo. No dia seguinte, o sujeito finge-se de morto e acaba por roubar um carro. A meio do caminho, troca de carro e, ao ter um acidente com este, caminha quase sem forças. Com as poucas forças que ainda tinha, rastejou até uma casa onde encontrou um conhecido que o quis socorrer mas a personagem (cujo nome foi revelado- Tom Jeepers) nunca chegou à casa vivo.
 Noutro cenário, uma jovem conduzia a grande velocidade por uma rua deserta, quando vai contra um carro. O tentar evitar um impacto ainda maior, a rapariga acaba por cair por um pequeno precepício. Ambos saem vivos e a rapariga decide ir ter com a outra vítima, um homem. Após várias tentativas de pedir desculpa, os dois acabam por tentar salvar o carro da rapariga para poderem pedir ajuda. Ao perceber que esta tentativa era falhada, o homem começa a caminhar pela estrada sem nenhuma palavra. A mulher acaba por perceber que ele está a ir-se embora e começa a correr a todo o custo atrás dele. Finalmente é capaz de o alcançar e, após uns minutos, acabam por descansar um pouco. A mulher rapidamente percebe que os seus pés incharam e já não conseguem entrar no sapato. Ao perceber a falta de interesse que o homem tinha pelas suas dores, decide continuar a caminhada antes que o sol se acabasse de pôr. Os dois acabam por se abrigar num campo junto da estrada, prontos para passar ali o resto da noite. A mulher, que já tinha um ligeiro interesse na fisiologia do homem, observou-o enquanto este acendia uma fogueira e comia pão com queijo e café. O homem acaba por partilhar a refeição e a mulher aproveita para o consciencializar sobre a rudeza das suas ações perante uma dama de classe superior. O homem parece não se preocupar com a posição social desta e admite trabalhar no campo. A mulher fica mais curiosa e continua a fazer-lhe perguntas. Ao descobrir que o homem pintada, a mulher tocou no auge da curiosidade e questionou-o várias vezes sobre a venda das obras, ao que ele respondia que pintava apenas por gosto. Após uma longa conversa, Diana pede ajuda a Eddy para remover um espinho no seu dedo e o desejo carnal que já sentia acabou por ser despertado em fúria. Ao ser rejeitada e ignorada, Diana trocou o desejo por raiva. Eddy encarregou-se de ir buscar madeira para construir uma espécie de cama improvisada para os dois dormirem naquela noite. No dia seguinte, os dois limparam-se num lago e continuaram a viagem. Uns passos mais e um agricultor passou, oferecendo boleia aos dois. Durante toda a viagem, agora feita com maior facilidade, Diana murmurava para si o quanto odiava Eddy, sem nunca acreditar verdadeiramente.
 Ao chegarem a uma pequena aldeia, o agricultor chama alguns conhecidos para se prepararem para ir buscar o carro de Diana e, enquanto isso, esta tenta fazer com que Eddy fique mais tempo com ela. Tenta oferece-lhe dinheiro mas este recusa e então pede-lhe que a beije. Eddy nega este pedido a princípio mas, depois de bastante insistência, dá-lhe um beijo. Ao perceber que o beijo que lhe foi dado não continha nenhuma emoção além de pena, Diana alvoroça-se e começa a bater em Eddy, fazendo com que este lhe dê alguns estalos na cara. Diana, chocada, corre porta fora e vai ter com o agricultor. O agricultor chama os seus filhos, que atacam Eddy. Ao ver esta cena, Diana sente a culpa e grita que tinha sido ela a começar a luta, algo que ninguém acreditou. Durante quatro dias Diana ficou na casa do agricultor, com ar melancólico, até que o seu carro ficou composto.
 Diana conduz pela estrada fora, até que encontra Eddy. Sai do carro sem hesitar e corre para junto dele. Eddy tenta ter o mínimo de conversa possível com Diana mas acaba por ceder, após muita insistência, e aceita a boleia. Os dois instalam-se em cabanas diferentes e Eddy mostra-se mais mais atencioso com ela. Depois de dormirem, Diana tenta a todo o custo manter Eddy mais tempo junto de si mas acaba por ir para o seu apartamento sozinha.
 Começa assim a terceira história. Nick Carter é um empresário de sucesso que vendia bens roubados há 5 anos. Tinha uma equipa do seu lado que estava pronta a fugir do negócio a qualquer custo. Havia ocorrido um assassinato na cidade e a equipa de Carter levou o corpo para junto dele, contando a situação. Após várias perguntas sobre o acontecimento, Nick decidiu que, já que a polícia não sabia do crime, o deviam ignorar. Momentos mais tarde, Nick viu-se ameaçado por um polícia, que o encontrou sozinho, e perguntou-lhe por Tony Markham. Ele afirmou não conhecer mas, após vários momentos de tortura física, acabou por acusar o seu gangue de o ter feito. O polícia sentenciou que ia fazer o que foi feito ao seu irmão (Tony) e assassina-o no meio da rua. Len era um dos empregados e membros da gangue de Nick, que se encontrava num quarto com uma jovem que trabalhava na empresa. Quando se encontravam no momento de sedução, alguém bate à porta e ele vai atender. Após ver o rosto conhecido, fica em choque e o "polícia" pergunta-lhe pelos outros membros do gangue. Len afirma não saber e o assassino de Nick acaba por afogar Len. Após várias ameaças e um estalo, acaba por deixar a rapariga que se encontrava no quarto sair.
 Diana encontrava-se num bar quando Regan se aproximou dela e tentou seduzi-la como costumava fazer. Diana afirmou não estar com disposição e pediu-lhe que a levasse a casa. Ao chegarem ao local, Diana convida-o para tomar uma bebida e este aceita. Regan tenta novamente seduzi-la, já que o pai dela era um homem de negócios e ele procurava um emprego na empresa. Diana acaba por adormecer e, uma hora depois, acorda e pede desculpa a Regan. Este, que se encontrava a ler, decide ir embora e, mal entra no carro, tem o pescoço e os braços partidos. O assassino caminhou até ao apartamento de Diana e esta abriu a porta a Eddy. Este, com uma força bruta, acabou por ter relações com Diana, contra a total vontade dela. No dia seguinte, Diana admite que apenas tinha tido relações com dois homens, estando noiva com um deles antes de ter sido morto, e Eddy percebe que o seu ataque de ciúmes face a Regan tinha sido incorreto.
 No escritório da empresa, os três restantes membros da gangue discutiam sobre a recepcionista e o atraso desta quando chega um homem que pretendia fazer negócio com a empresa. Os quatro foram para o escritório de Nick e o homem remove uma arma do seu casaco, disparando sobre os três. Escapa do edifico e caminha calmo pelas ruas. Diana passou a noite à espera do seu amado, composta para este, mas Eddy não apareceu. Duch Morgan, um dos três homens atingidos no escritório, acabou por sobreviver e procurou saber o que tinha acontecido aos seus colegas. Após muito pesquisar, descobre que um deles tinha estado em casa de Diana e questiona-a, afirmando ser um amigo de Eddy. Esta afirma que o conhece mas não sabe onde ele está.
 Diana decide iniciar uma busca incessante por Eddy e acaba por encontrar a sua casa. Ao ver, Diana à porta de sua casa, Eddy fica repleto de alegria e abraça-a carinhosamente, admitindo não a ter visitado por arrepender-se por tê-la tratado como uma mulher comum. Eddy e Diana encontram-se abraçados entre lençóis quando Duch Morgan dispara sobre a coluna de Eddy, deixando-o paralisado. O assassino dirige-se também a Diana e acaba por alvejá-la, matando-a. Após ter cumprido a sua missão, Duch dirige-se a um bar e tenta seduzir uma mulher. Ao perceber que esta lhe impunha limites, decide violá-la brutalmente.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Uma Família Inglesa



Obra: Uma Família Inglesa

Autor:Júlio Dinis

Páginas:429

Resumo
Esta obra relata o quotidiano da família Whitestone, liderada por Mr.Richard Whitestone, um negociante admirado no Porto e os seus filhos: Jenny e Carlos. Mr.Richard era um homem patriarcal, apoiando sempre os costumes da Inglaterra onde nasceu e procurando instituí-los na educação dos seus filhos. Jenny era uma romântica, sempre pronta a resolver os problemas da família e Carlos era um liberal oprimido, que odiava os costumes ingleses.
 A ação inicia-se no Carnaval, quando Carlos organiza uma ceia com amigos e recebe uma carta da irmã a convidá-lo para passar o aniversário com a família. Carlos admite à irmã que não se tinha recordado de que era o seu aniversário e afirma que o melhor era não visitar a família por se ter feito amigo de liberais como ele. No dia seguinte, a casa dos Whitestone despertou com Jenny a orientar os criados para o pequeno-almoço e Mr.Richard a cuidar das suas amadas plantas, enquanto Carlos ainda dormia. Mr.Richard, ao perceber que o pequeno-almoço seria apenas entre ele e Jenny, planeia repreender o filho pela falta de postura, mal o encontre. Após a saída do pai, Jenny manda acordar o irmão para os dois se encontrarem na biblioteca. Nesta, os dois discutem sobre as saídas de Carlos e este justifica-se dizendo que um jovem não deveria ficar fechado em casa nas noites de inverno. Jenny, como sempre calma, aconselha o irmão a ter cuidado e, ao entregar o relógio que o pai lhe iria oferecer, desperta o sentimento de culpa do irmão, que afirma que, mal o Carnaval acabe, ele ficará mais caseiro. Carlos decide ainda relatar a noite passada à irmã e conta-lhe sobre um encontro que teve com uma dama. Esta jovem, acompanhada por outras da sua idade, apesar de usar uma máscara, captou a atenção de Carlos para os seus olhos lindos. Carlos decide segui-la para assim obter mais informações sobre ela mas é afastado por elas e pelas suas amigas. Carlos rouba-lhe um beijo e fica a noite a pensar nela, principalmente pelo facto de esta o conhecer e à sua família. A conselho da irmã, Carlos vai visitar o pai ao escritório mas, ao descobrir que este se encontrava na Assembleia Inglesa, decide falar com homens de negócio que vai encontrando pela rua. Após várias conversas, Carlos acaba por visitar o pai, que já estava disponível e os olhos deste enchem-se de brilho ao ter uma conversa de negócios com o seu filho.
 Jenny, que se encontrava sozinha em casa, recebe uma grande amiga sua, Cecília, filha do guarda-livros e amigo da família. Cecília é uma jovem bela e bondosa, que contrasta com a idealização de Jenny, ao apresentar-se como uma mulher burguesa com a simplicidade portuense. Cecília acaba por contar, com bastante hesitação, sobre o baile a que tinha ido na noite passada e os encontros que tivera, sem mencionar nome. Jenny não procurou dar à sua grande amiga desconforto e contou-lhe que Carlos já tinha desabafado com ela e a opinião de baxo nível que Carlos tinha das mulheres que frequentavam aquelas festas. Cecília acaba por ficar calma e perde o interesse em Carlos. Após este encontro, Cecília vai para junto do pai, na casa que ambos partilhavam. Carlos decide dar uma volta (onde acaba por fazer uma divagação sobre a sua vida) e vai jantar a casa, onde conversa com o pai e a irmã.
 Mr.Richard e Jenny decidem ir ao teatro, onde encontram Manuel Quintino, o guarda-livros da família, que lhes conta a inquietude que sente por ver que a sua filha está diferente e melancólica. Carlos acaba por aparecer e, ao entregar um lenço à irmã, que tinha obtido na noite em que viu a bela mulher, percebe que Manuel o reconhece. Jenny disfarça dizendo que Cecília tinha deixado o lenço em sua casa e o irmão acabou por agarrá-lo. Manuel esquece o assunto e Jenny, em privado, chama à atenção o irmão sobre a forma como tratou, mesmo que de forma inconsciente, a imagem de Cecília.
 No dia seguinte, Manuel Quintino vai para o seu trabalho no escritório de Mr.Richard e Cecília fica em casa sozinha. De repente, a criada chama-a para receber uma visita e Cecília depara-se com Carlos. Este pede para falarem a sós e pede-lhe perdão pelas suas ações, que lhe é atribuído. Carlos pede ainda para levar uma flor da roseira presente no exterior da casa, que o fez localizar a casa de Cecília. Após este encontro, Cecília pede à criada para não contar ao pai sobre a visita e Carlos vai para casa. Em casa, Carlos confessa todos os detalhes sobre o encontro à irmã e esta fica incomodada, sem saber porquê, com a situação, repreendendo o irmão por alimentar uma fantasia. Após esta conversa, Carlos refugia-se no quarto a ler, onde passará agora a maior parte dos seus dias, na melancolia dos românticos. Carlos decide, no entanto, visitar duas vezes Cecília: na primeira, é confrontado pelo pai desta; na segunda, é levado para um cemitério (para onde ela se dirigia), onde uma senhora idosa diz ao casal que são feitos um para o outro.
 Manuel, por seu lado, não parava de pensar na tristeza da filha e no reflexo que trazia da morte da mãe e decide ir dar uma volta. Chega a noite e Manuel não aparece, o que leva a filha a ficar aflita. Ao perceber que a criada e um amigo de família não se disponibilizavam a andar à procura a meio da noite, Cecília pede ajuda a Carlos que a cortejava debaixo da varanda nesse momento. Carlos aceita o pedido e procura por toda a cidade. Carlos acaba por encontrar Manuel, atordoado, que lhe responde que uns jovens lhe prepagarm uma partida do dia das mentiras, dizendo que Cecília tinha uma doença, o que fez com que ele andasse pelas ruas sem controlo. Carlos leva Manuel para casa e a filha, a explodir de alegria, cuida do pai enquanto médico (que Carlos mandou chamar) o examina e descobre que este tinha tido um caso de congestão cerebral. Manuel foi aconselhado pelo médico a passar alguns dias na cama, sendo cuidado pela filha, o que o deixa preocupado com a firma. Carlos, no entanto, decide ocupar a sua vaga, até que este melhore, com os conselhos do guarda-livros. Jenny desconfia desta dedicação de Carlos mas decide esperar para ver o que acontece. Carlos frequenta assim diversas vezes a casa de Manuel, que lhe vai ensinando os princípios básicos. A presença constante de Carlos incomoda o Sr. José Fortunato, o amigo da família. A empregada da família partilhava o sentimento com o Sr. José, principalmente ao saber da má fama que este tinha.
 Mr.Richard preparava-se para ir para casa quando, pelo caminho, encontrou o relógio que oferecera ao filho numa montra. Curioso, entra na loja e pergunta ao vendedor sobre o relógio, ao que este responde que foi vendido por um jovem inglês que tinha chegado com uma senhora. Mr.Richard, magoado, compra o relógio e vai para casa, onde exprime a desilusão ao filho que iria desonrar a casa. Carlos tenta-se justificar, dizendo que as suas intenções são boas mas que não as pode revelar. O jantar passa silencioso e no fim deste, Jenny vai falar com o irmão e repreende-o. O pai e a irmã vão a casa de um amigo de família e Carlos, que se preparava para se encontrar com Cecília, acaba por passar a noite junto com a sua ama de infância que acabou por falecer nesse momento.
 A noite de Cecília, no entanto foi muito diferente. Já inquieta por ouvir da criada que Carlos se encontrava com outra jovem pelas ruas, Cecília esperava ansiosamente a chegada do seu amado, que não aconteceu. A criada e o Sr.José decidem criar assim um plano para afastar o casal. A criada fica responsável por inventar histórias e o Sr.José compromete-se a escrever uma carta anónima onde adverte Manuel sobre o perigo da presença de Carlos para a honra da casa. Após ler esta carta a Carlos, o Sr.Manuel decide proibi-lo de voltar àquela casa. Carlos fica desgostoso por estar longe da amada e Jenny percebe que o que este sente não é um capricho. Jenny decide pôr à prova o coração de Cecília para descobrir o que esta sentia e convida-a para o seu aniversário. Cecília fica incerta sobre a resposta e por isso não responde. Carlos escreve-lhe uma carta a expressar os seus sentimentos e a procurar saber se Cecília sentia algo por ele. Ao preparar-se para enviar a carta, Carlos depara-se com o seu antigo grupo de amigos, que o decidiu visitar por não saberem nada dele. Num tom jucoso, os amigos insinuam que Carlos tem uma amada e chegam ao ponto de agarrar na carta, o que deixa Carlos enrraivecido e pede-lhes para saírem.
 Carlos encontra-se em casa a pensar em Cecília, após ter enviado a carta a esta, quando se depara com a amada à porta de sua casa. Carlos assume logo que ela tinha vindo depois de ver a sua carta e fica no extremo da comução. Este momento, no entanto, é interrompido quando o grupo de amigos de Carlos atacam a porta de entrada para verem a amante de Carlos. Carlos atrapalhado, manda Cecília para a biblioteca, para junto de Jenny, e tenta acalmar a multidão. O grupo, no entanto, vasculha por todos os cantos pela mulher, como cães esfomeados, e, quando se preparam para tentar abrir a todo o custo a porta da biblioteca, Jenny e Cecília saem. Jenny apresenta Cecília como alguém proximo, quase sua irmã, e o grupo fica atrapalhado por encontrar uma senhora de classe social alta.
 Em casa do Sr.Manuel, após Cecília o ter abandonado no meio do passeio para ir ter com Jenny, que a tinha convidado, o guarda-livros regressou a casa. Nesta, foi invadido pela conversa da sua criada, que insinuou que Cecília e Carlos tivessem um caso, o que perturbou o homem. Manuel ainda prnsa em ler a carta que Carlos escreveu a Cecília, e que ficamos a saber que esta não leu, mas achou isso uma ofensa demasiada grande. O sr. Manuel veste o casaco e o chapéu e, inquieto, sai de casa.
 Em casa de Jenny, o pai e dois amigos de família entram para felocitar a jovem, que estava acompanhada por Cecília. Na hora de jantar, Cecília diz sentir-se mal disposta e fica no quarto de Jenny, isolada. Após o jantar, todos os que se encontravam no local ficaram abismados ao serem surpreendidos pelo Sr.Manuel, com ar de louco, a entrar pela porta.
 Todos o tentaram acalmar mas este só o conseguiu fazer após ver a sua filha, trazida por Jenny. Jenny explica-lhe que a rapariga estava com ela para celebrarem o aniversário e o homem fica mais descansado. O sr.Manuel questiona assim os anfitriões sobre a carta recebida por Cecília e Mr.Richard assume a responsabilidade, dizendo que era uma carta onde planeavam uma surpresa para Jenny. O Sr.Manuel acreditou na história e ficou como convidado. Quando todos os convidados saíram, Mr.Richard dirige-se ao seu filho e repreende-o pela atitude, acusando-o de manchar o nome da família. Mr.Richard pede ainda ao filho para viajar para a Inglaterra para não desonrar a família ainda mais. Jenny decide ir conversar com o pai e procura fazer este refletir sobre os seus motivos. O pai acaba por perceber que a posição social do Sr.Manuel podia ter tido um peso na decisão e decide escrever uma carta onde o adiciona à gestão da empresa. Jenny aconselha o pai a não dar a carta a Manuel já, espalhando primeiro a mensagem da importância deste para a empresa, para evitar ditos populares. No dia seguinte, Manuel é invadido por felicitações pelo bom trabalho e Jenny e Cecília dão um passeio. Jenny, ao ir a casa da sua amiga, depara-se com a criada e, ao ver que esta tinha bastante a dizer sobre Carlos, convida-a a ir a sua casa pela manhã.
 A mulher vai e confessa reconhecer a mulher que estava com Carlos e indicou ainda o local onde esta vivia. Jenny vai de encontro com a tal mulher, apresenta-se e questiona-a sobre a venda do relógio. A senhora confirma a história e mostra-lhe uma carta do seu filho, onde este explicava que tinha extraído dinheiro da empresa dos Whitestone para sustentar a mãe viúva e pagar as dívidas acumuladas. Jenny comove-se com a história e dirige-se ao escritório do pai. Neste, manda chamar Paulo (o culpado) e leva-o ao gabinete do pai, onde este ouve a história e o perdoa. Para resolver o conflito, Mr.Richard decide ainda dar um aumento a Paulo para este pagar as dívidas e sustentar a mãe. Jenny fica orgulhosa e decide ir dar a carta a Manuel. Este fica estupefacto e incrédulo, agradecendo vivamente a Jenny. Cecília, no entanto, fica desconfiada e pergunta a Jenny qual a sua intenção. Esta responde que não tem uma segunda intenção e aconselha Cecília a não ser tão dura com Carlos, já que Mr.Richard e a criada já estavam cientes da inocência deste.
 Após esta conversa, Jenny vai ter com o pai ao escritório e leva Carlos, que acaba por alertar o pai de que planeia casar-se com Cecília. Este adverte-o para as responsabilidades que essa ação traria e dá-lhe a benção. Carlos dirige-se a casa de Manuel e acaba, sem demoras, por pedir a mão da filha em casamento. Manuel fica eufórico com a notícia e aceita o seu genro como parte da família. Na casa de Manuel reúne-se ainda Mr.Richard e Jenny para partilhar a emoção da união das famílias. O sr. José Fortunato, ao saber da notícia, sai da casa e não regressa mais.
 Manuel torna-se um homem de negócios, sendo bastante conhecido e apreciado, Jenny e Mr.Richard vivem em casa na paz da sua casa e Cecília e Carlos vivem felizes.

domingo, 10 de setembro de 2017

O Mistério de Edwin Drood


Obra:O Mistério de Edwin Drood

Autor:Charles Dickens


Páginas:442

Resumo:

Esta obra é iniciada com uma cena um tanto confusa, com Mr.Jasper a acordar de uma sessão de ópio para acalmar uma dor crónica, sem noção de nada. A personagem decide correr para a igreja, onde é responsável por dirigir o coro e o leitor fica a perceber que o seu sobrinho, Edwin Drood viria visitá-lo. Edwin (Ned), é um jovem belo mas descontente por ter como prometida uma mulher bela mas desagradável, que partilha uma amizade forte com o seu tio (ao ponto de Jasper lhe confessar estar cansado da monotonia da sua vida). Certo dia, chegam à cidade um casal de gémeos de pele morena, que se hospedaram (a mulher) no Convento onde Rose (noiva de Edwin) se encontrava e na casa dos Crisparkle (o homem). Estes gémeos foram enviados por Mr.Honeythunder para serem instruído pelo reverendo Septimus na sociedade cristã, após a morte do padrasto abusivo destes. Para celebrarem a chegada destes, os Crisparkle (a mãe do reverendo e este) organizaram um jantar em que convidaram Mr.Jasper, Edwin e a sua noiva Rose. Neste jantar, Rose canta uma canção mas acaba por ter um colapso nervoso e chorar nos ombros de Helena, irmã de Neville, criando-se assim uma amizade entre as duas. Rose confessa à sua nova companheira que o motivo do seu colapso enquanto cantava era o facto de Mr.Jasper, seu professor de canto, a olhar de maneira demasiado íntima e, por isso, a assustava. Edwin, no entanto, criou inimizade com Neville quando este lhe perguntou sobre o seu noivado e o chamou insensível e rude. Mr.Jasper foi o responsável por prevenir uma briga entre os dois.
 Este conflito gera vários rumores na cidade e Miss Crisparkle fica hesitante sobre se seria boa ideia ter um selvagem como hóspede. O reverendo, no entanto, procura convencer a sua mãe e todos os habitantes de que Neville é um homem bom e trabalhador, que está a fazer um esforço enorme por se integrar na sociedade. Tenta ainda convencer várias vezes Neville a pedir desculpa e acaba por conseguir com a ajuda de Helena, indo logo falar com Mr.Jasper para enviar uma carta ao seu sobrinho, que se encontrava em Londres. Os dois acabam assim por fazer as pazes e Edwin convida Neville para passar o Natal com ele.
 Mr.Jasper vai com     ao cemitério, para falarem sobre a campa da mulher deste e acaba por ficar curioso com o local e com Mr.Sapsea, o responsável pelas tumbas. Certa noite, Mr.Jasper decide fazer uma excursão pelas tumbas, com a ajuda de Durdles e este conta-lhe a história sobre a noite de Natal em que ouviu um gemido e um latido vindos da tumba de Miss.Sapsea. Mr.Jasper fica ligeiramente amedrontado mas curioso.
 A altura do Natal chegou e Edwin preparava-se para ir buscar Rose ao Convento e entregar-lhe o anel de família que lhe foi oferecido pelo tutor dela quando esta o chama e lhe confessa que o melhor seria desfazer o casamento, já que apenas se viam como irmão e irmã. Edwin fica um pouco chocado com a notícia mas acaba por aceitar a vontade de Rose e prepara-se para contar ao tio. Edwin decide ir dar uma volta e encontra uma mulher com aspeto adoentado. Após interrogar a mulher sobre o seu estado de saúde, Edwin oferece-lhe dinheiro para o transporte até Londres. Como pagamento, a mulher pergunta-lhe o nome, adivinha a alcunha que a sua "amada" lhe dá e avisa-o de que existe alguém chamado "Ned" (alcunha que Mr.Jasper dava ao sobrinho) que se encontra ameaçado.
 No dia de Natal, a ceia entre Edwin, Mr.Jasper e Neville aconteceu e os dois jovens foram dar um passeio. No dia seguinte, Mr.Jasper vai a casa de Mr.Crisparkle para saber do sobrinho que tinha desaparecido após o jantar e este informa-o de que não sabe de nada e que Neville tinha partido numa viagem essa manhã. Neville, que caminhava apenas com uma maleta pequena, foi levado por um grupo de homens para a cidade e encontrou Mr.Jasper e Mr.Crisparkle a conversar. Mr.Jasper, por não saber do sobrinho, descarrega a culpa em Neville e tenta atacá-lo. Neville consegue escapar, com a ajuda de Mr.Crisparkle e refugia-se numa casa com a irmã, sendo visitado apenas por um vizinho.
 Helena Landless acaba por partir do convento e Rose fica sozinha. Mr.Jasper aproveita a situação para a visitar e para lhe declarar o seu amor. Rose recusa-se a aceitar tal amor e repela-o. Rose decide escapar e vai viver para a casa do seu tutor.
Certo dia chega um jovem à cidade chamado Dick Datchery que se instala num quarto de Mr.Sapsea e conversa com Mr.Jasper sobre os proprietários. Mr.Jasper, por não encontrar a sua amada, decide regressar à loja onde começou a obra e deixar-se embriagar pelos efeitos do ópio. Após a sessão, Mr.Jasper saiu e a dona da loja, uma idosa sábia, seguiu-o e pediu informações a Datchery, que lhe foram dadas de bom grado. Datchery, no entanto, fica curioso com esta personagem e suborna uma criança para lhe dar informações.
 Rose decide viver um mês numa pensão com a administradora do Convento onde se encontrava e acabam por perceber que a proprietária da pensão não lhes oferece "paz de espírito". Mr.Jasper, certo dia, decide visitar os gémeos para confessar a Neville que se tinha enganado e que ele era inocente. Mr.Jasper implora ainda por perdão e Neville concede-lho. Existe, no entanto, uma reviravolta na história e Neville passa a ser acusado de pertencer a um bando de salteadores da Índia e que, por isso, era o responsável por ter assassinado Edwin Drood. Mr.Jasper procura defendê-lo e consegue fazer com que as suspeitas sobre este diminuíssem. Mr.Jasper convida ainda Neville a dormir em sua casa e, nessa noite, antes de irem dormir, convida-o a passearem um pouco. Neville chega a casa de Mr.Crisparkle, ofegante e afirmando que Mr.Jasper o teria insultado e agredido e ele,ao defender-se não sabia se o teria morto. Datchery e Durdles encontram o corpo de Mr.Jasper, ainda vivo, e este afirma que acolheu Neville e este o atacou sem razão. Neville é interrogado, com a presença de Mr.Jasper e criou-se uma crença de que este pertenceria mesmo ao grupo assassino da Índia, que matava os melhores amigos e desfazia-se das jóias do morto.
 O grupo de homens que se ocupava do caso decide ir à catedral para procurar um corpo com o anel que Edwin ainda deveria ter e, ao reparar que Mr.Jasper foi diretamente a um corpo, o grupo desconfiou que talvez tivesse sido ele. Esta hipótese veio a confirmar-se quando Datchery admitiu estar a espiá-lo desde que chegou e que tinha visto a cena em que ele atacava Neville. Mr.Jasper admite os seus crimes e que pertencia à ceita indiana de que Neville era acusado de pertencer.
 Mr.Jasper foi condenado à prisão domiciliária e, para comemorar a libertação de Neville, foi feita uma festa no Convento. Nesta festa apareceram todas as personagens que circundavam a história e foi confirmado um casamento entre Neville e Rosa. Foi ainda revelado que Dick Datchery era Mr.Porter, um amigo das personagens que foi visitar Londres e um amante antigo da diretora do Convento, que se encontrava disfarçado para revelar a identidade de Mr.Jasper a pretexto de Mr.Grewgious. Mr.Jasper suicidou-se com um veneno.
 Devo realçar que esta obra não foi terminada já que, no dia seguinte a escrever esta última cena, o autor faleceu, deixando um mistério a rodear esta célebre obra.