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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A Mulher de Trinta Anos



Obra: A Mulher de Trinta Anos

Autor: Honoré de Balzac

Páginas: 230

Resumo:
Júlia, uma jovem solteira, visita um desfile com o seu pai. Encontravam-se em Paris e o desfile estava destinado à despedida de Napoleão para a guerra. Júlia fica comovida com o sofrimento de um cavalo e o pai remove-a dali. O pai, que tinha reparado na troca de olhares entre a filha e um coronel, repreende-a por não considerar aquele homem correto para casar.
 Um ano depois, os dois estavam casados e Júlia tinha um ar abatido. Devido a assuntos militares, o conde, seu esposo, teve que a deixar na casa de uma tia que vivia no campo. As duas acabam por ganhar familiaridade e confiança. Certa noite, a tia encontra Júlia a escrever uma carta e a chorar. Após alguma insistência, Júlia admite que o motivo do seu pessimismo e ódio ao casamento deve-se ao facto de ela sofrer como mulher casada. Admite amar o seu esposo como irmão e que, por vezes, sentia que ele a procurava demasiado. A tia compreende-a e apoia-a. fortalecendo assim ainda mais a relação entre as duas. Júlia viu na tia a mãe que nunca teve e que necessitava, principalmente após a morte do pai. Um criado do conde visita-as no dia seguinte e avisa Júlia de que o serviço militar do conde tinha tido sucesso e por isso ela devia mudar de cidade, de volta para Paris, com o marido. Ela parte e a tia promete visitá-los algum dia. 
 Ao chegar a Paris, Júlia recebe a notícia da morte da tia, que a deixa novamente destroçada. O marido é promovido a marquês e dá à esposa a responsabilidade de governar o dinheiro e a casa. Júlia sente-se infeliz com estas tarefas por considerar serem masculinas e a sua doença e pessimismo regressam. Tem uma filha, Helena, que fez com que a sua vida fosse menos infeliz e solitária. O marido, no entanto, torna-se frio e distante, fazendo Júlia dedicar-se inteiramente à filha para esquecer a angústia. Certa noite, o conde chega a casa, após ter visitado a senhora de Sérizy e Júlia percebe que esta tinha roubado o coração do marido. Aceita o convite desta para ir a uma festa e pretende seduzir o marido: Quando este estivesse louco de amores por ela, Júlia iria desprezá-lo. Júlia foi à festa e começou a tocar piano e a cantar. Todos a rodearam, maravilhados, mas ela interrompeu a canção ao ver Artur, um cavaleiro inglês que várias vezes a tinha seguido sem nunca dizer nada. Todos se perguntam sobre o porquê da infelicidade de Júlia e o marquês usa esta como desculpa para a sua infidelidade. Artur repreende-o e aproveita a constante ausência do marido para visitar Júlia. Os dois passeiam pela cidade e acabam por dar as mãos. Os dois confessam o seu amor e Júlia aconselha Artur a partir de Paris para não se magoarem mais com o amor proibido. Este obedece e Júlia vai para casa com o marido. O marquês parte para uma caçada e Artur visita Júlia, afirmando não ter tido coragem para a a deixar e nunca mais a ver. Júlia sente-se perdida com esta dedicação mas rapidamente acorda quando sente o marido chegar a casa mais cedo. Esconde Artur na varanda e, enquanto o marido dorme, ela leva-o para fora de casa.
 No dia seguinte, surge a notícia da morte de Artur devido ao frio que este tinha apanhada à espera de uma amante. Júlia entra num desgosto tão profundo que nem a sua filha consegue ver. Recebe a visita de um padre que acaba por lhe dar algum entusiasmo ao ouvir e corresponder a sua dor.
 Anos mais tarde, quando Júlia tinha trinta anos, recebeu a visita de Carlos de Vandenesse, um italiano com ideais interessantes e únicos. Os dois discutem sobre assuntos intelectuais diversos e acabam por ficar interessados um no outro. Carlos, mesmo sentindo-se inferior, continuava a visitar aquela mulher devido ao fascínio que sentia. O interesse amoroso crescia mas Júlia estava demasiado magoada para o aceitar como amante.
 Anos mais tarde, Júlia passeava com a sua filha Helena e com o seu filho Carlos. Carlos tenta brincar com a irmã mas esta, devido ao seu mau humor, acaba por empurrá-lo e este cai na lama. O menino falece.
 Anos depois, Júlia está em casa de Carlos quando o marido entra com Helena e Gustavo, o filho mais novo dos dois. Chegavam do teatro e vinham mal humorados, o que deu origem a várias discussões. O casal tem mais dois filhos: Moina e Abel.
 Certo dia, um homem aflito bate à porta e o marquês recebe-o, concordando com a ideia de o receber por duas horas e  dar-lhe água. Após ouvir de um polícia o crime que o homem cometeu (matar um idoso), o marquês admite não conseguir recebê-lo por mais tempo. Este preparava-se para sair quando Helena, a filha do casal, admite querer partir com o assassino. Os pais ficam abismados com a notícia e tentam impedi-la a todo o custo. Esta acaba por cumprir o seu desejo.
 Anos mais tarde, o marquês estava no meio do mar quando decide atacar um navio pirata. Neste, é atacado e os companheiros são mortos. Na altura em que o iam atacar, é reconhecido como pai de Helena, esposa do chefe do navio, e é levado para esta. Os dois partilham a saudade e o marquês parte com a certeza da felicidade da filha.
 Anos mais tarde, um dos filhos de Helena falece e esta acaba por partir com ele. Júlia encontrava-se junto da filha e ouve o apelo desta para a proteção da irmã mais nova face às desgraças da vida.
 Anos depois, Moina estava prestes a casar com um homem rico e a mãe imaginava o sofrimento que a filha teria que atravessar ao longo da vida, tal como ela. Júlia procura alertar a filha sobre as desgraças da vida mas esta, devido à impaciência de jovem, acaba por não a ouvir. Júlia falece nos braços da criada da filha, poucos minutos depois, e o seu último desejo é o de não assustar a filha. Moina, ao ver a mãe, fica com o coração destroçado e inicia o seu sofrimento.

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