Blogs Portugal

terça-feira, 29 de agosto de 2017

O Coração das Trevas


Obra: O Coração das Trevas

Autor:Joseph Conrad

Páginas:143

Resumo: Este clássico da literatura é iniciado com a chegada de Marlowe a um navio onde iria começar uma viagem a África. Na época histórica do narrador, a África era um grande centro de atração de estrangeiros devido à abundância de matérias primas como o diamante e ouro, sendo um dos grandes interessados o rei da Bélgica. O personagem revela-se hesitante e com o pressentimento de que aquela não é uma viagem comum mas decide arriscar. Ao chegar a África,  depara-se pela primeira vez com os trabalhos forçados, as doenças e assassinato a que os nativos eram expostos sem uma pena que os condenasse. Marlowe fica chocado com o ambiente que o rodeia e começa a perceber a essência cruel daqueles trabalhos, chegando a afirmar: "Era um bando que apenas queria arrancar tesouros às entranhas da terra, sem intenção mais nobre que a do gatuno arrombador de cofres". Marlowe, ao aproximar-se do que ele chama "o coração das trevas", ou seja, o centro de organização das explorações no país, ouve falar de Kurtz, um homem que muitos defendiam como um exemplar perfeito de líder e de homem. Marlowe fica ansioso por conhecer esta figura mas, enquanto a equipa percorre o rio, ele tem a sensação de que se encontra num cenário pré-histórico e reflete sobre a visão racista dos "brancos" da sua época. Ao ser confrontado pela figura de Kurtz, após uma viagem turbulenta, Marlowe considera-o o exemplo supremo de lei, já que todos lhe obedeciam e o seu poder era imenso, capaz de fazer africanos lutarem entre si. Kurtz revela traços de loucura quando, por exemplo, obriga os africanos a verem-no como um deus supremo que mata quem lhe desobedece, o que ultrapassava os limites da sua obrigação. Kurtz adoece e Marlowe fica responsável por ele, admitindo ter ficado a conhecer mais sobre a "alma" do outro. Marlowe fica ainda mais curioso e decide questionar Kurtz sobre o seu método de escravizar um povo e conseguir ser adorado genuinamente como um deus pelo mesmo povo. Neste encontro, Marlowe encontra Kurtz no momento da sua morte gritando "Horror! Horror!" e fica abismado.
 Após a grande desilusão de Marlowe ao não ter o seu mistério revelado, parte do local. Ao chegar ao porto, encontra a namorada de Kurtz, que espera pelo seu amado, e, quando ela lhe pergunta quais foram as últimas palavras de Kurtz, este acaba por contrariar o seu ideal de não mentir e responde-lhe que foi o nome dela.
 Esta obra torna-se uma quase auto-biografia do autor, que também trabalhava na Marinha e que descreveu a sua última viagem neste livro.

Sem comentários:

Enviar um comentário