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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Péricles, Príncipe de Tiro

 Obra: Péricles, Príncipe de Tiro

Autor: Shakespeare


Resumo

Personagens: Antíoco, rei de Antioquia; Péricles, príncipe de Tiro; Helícano e Éscanes, dois nobres de Tiro; Simónides, rei da Pentápole; Cléon, governador de Tarso; Lisímaco, governador de Mitilene; Cerímon, nobre de Éfeso; Talíardo, nobre de Antioquia; Filémon, criado de Cerímon; Leónino, criado de Dionisa; Mestre de Cerimónias; Alcoviteiro; Boult, criado do alcoviteiro; Gower, representa o coro; a filha de Antíoco; Dionisa, esposa de Cléon; Taisa, filha de Simónides; Marina, filha de Péricles e Taisa; Licónida, ama de Marina; Diana; Alcoviteira.


Ação:

Junto ao palácio de Antíoco, Gower explica que Antíoco tinha tido uma esposa que faleceu e lhe deixou uma filha. A beleza desta atraía pretendentes de todo o lado mas, como o pai queria casar-se com a filha, decretou que qualquer pretendente que errasse o enigma que a jovem lhe poria, era condenado à morte. Num quarto do palácio entram Antíoco e Péricles. Antíoco ordena que a sua filha se junte a eles vestida de noiva. Péricles fica encantado com a beleza da jovem e arrisca-se a adivinha o enigma. Depois de o ouvir, percebe que este revela a relação incestuosa entre Antíoco e a filha e fica horrorisado demais para revelar a resposta. Quando fica sozinho, Péricles decide que irá fugir antes de ser morto, já que um crime está sempre ligado a outro. Antíoco, por seu lado, decide que irá matar Péricles antes que este revele o seu segredo. Antíoco chamada Talíardo e ordena-lhe que mate Péricles. Entra um mensageiro que avisa que o príncipe tinha fugido. Antíoco ordena a Talíardo que tente encontrar Péricles e saem todos.

 Péricles chega a Tiro e encontra Helícano. Conta-lhe o que viu e como escapou. Helícano aconselha-o a ficar ausente da cidade durante uns tempos para Antíoco abandonar a sua raiva. Péricles segue o conselho e decide partir para Tarso, deixando Helícano no poder.

 Taliardo chega a Tiro, pronto para matar Péricles. Vê Helícano, Éscanes e outros nobres a conversar e fica a perceber que Péricles tinha falecido na viagem. Os nobres convidam Talíardo para um banquete. Em Tarso, conversam Cléon e Dionisa. Cléon lamenta o facto de Tarso ter sido uma cidade muito abundante e agora estar a sofrer com a fome que atinge a todos. Chega um nobre a anunciar a chegada de um navio ao porto e Cléon suspeita que possa ser uma nação que tentava conquistar Tarso. Entra Péricles e explica a Cléon que tinha trazidonavios carregados de trigo em troca de hospedagem. Cléon aceita e mostra-se agradecido.

 Gower explica que Péricles passa a ser adorado na cidade e é erguida uma estátua dele. Explica que Helícano informou Péricles sobre a visita de Talíardo e aconselha o príncipe a regressar. Péricles parte mas sofre um naufrágio e perde as riquezas e os homens. Depois de deambular no mar, chega a terra. Chegam 3 pescadores que comparam a baleia aos vícios dos homens. Ao verem Péricles emprestam-lhe roupa para se aquecer. Dois pescadores saem e o 1º Pescador oferece-lhe hospedagem em sua casa. Informa-o de que se encontrava em Pentápole cujo rei era Simónides. O rei era justo e bom e tinha uma filha que iria fazer anos no dia seguinte. Em honra desta ocasião, príncipes iriam visitá-la para lhe fazerem a corte. Os outros pescadores regressam com a armadura que o pai de Péricles lhe tinha deixado e que estava perdida no mar. Péricles pede que os pescadores o levem à corte real para se apresentar como pretendente.

 Numa praça, estavam Simónides, Taisa e nobres. A princesa vai apresentando os cavaleiros que chegam. Os nobres criticam a aparência de Péricles mas Simónides não lhe dá importância. Depois do torneio há um banquente. Péricles é celebrado por ser o vencedor mas Simónides não o acha um homem especial. Taisa, no entanto, descreve-o como um diamante no meio do vidro. Simónides ordena à filha que fale com Péricles e descubra informações sobre ele. Péricles conta a sua história e Simónides ordena que damas e cavaleiros dancem, na esperança de os animar.

 Em Tiro, Helícano e Éscanes comentam a morte de Antíoco. Chegam 3 nobres que se queixam de não saberem nada sobre o paradeiro do príncipe. Helícano, para os acalmar, pede-lhes para esperarem um ano e aconselha-os a procurar Péricles pelo mundo.

 Simónides recebe uma carta da filha e diz aos cavaleiros que a filha tinha decidido esperar um ano antes de casar. Relê a carta onde Taisa diz que ou casa com Péricles ou se suicida. Chega Péricles e Simónides acusa-o de ter enfeitiçado Taisa. Péricles tenta negar. Chega Taisa e prova que Péricles era inocente. Simónides aceita o casamento.

 Casam-se e concebem um filho. Com a esposa grávida e a pedido de Helícano, Péricles parte para Tiro. Durante uma tempestade, Taisa começa em trabalho de parto. Licórida chega junto a Péricles e apresenta-lhe a filha recém-nascida. Anuncia-lhe que a rainha tinha falecido depois do parto. Chegam dois marujos que explicam ao príncipe que a tempestade só irá acalmar quando o corpo da morta for atirado ao mar. Este concorda e, ao ver a costa de Tarso ao longe, decide que irá deixar lá a criança para ser cuidada.

 Em Éfeso, Cerímon pede a um criado que trate dos náufragos que tinham chegado. Entram dois criados com um caixão que tinha dado à costa. Cerímon abre-o e encontra o corpo de Taisa perfumado e repleto de jóias. Encontra um bilhete de Péricles que pede a quem encontrar o cadáver que o sepulte. Como Cerímon sabia de medicina, consegue reanimar Taisa. Em Tarso, Péricles deixa Marina, sua filha, nas mãos de Cléon e Dionisa. Em Éfeso, após perceber o que se tinha passado e sabendo que não voltaria a ver Péricles, Taisa decide tornar-se sacerdotiza no templo de Diana.

 Anos mais tarde, Marina, educada por Cléon e adorada por todos, corre perigo. Filótenes, filha de Cléon, é ofuscada por Marina e a sua mãe pede a Leónino que mate Marina. Quando Marina chorava a morte da ama, Dionisa envia-a junto com Leónino a dar uma volta. Quando Leónino se preparava para matar Marina, chegam piratas e levam-na consigo. Leónino finge que a tinha morto e atirado o corpo para o mar. Em Mitilene, o Alcoviteiro e a Alcoviteira mandam Boult procurar novas jovens para eles venderem. Boult chega com Marina e uns Piratas.

 Em Tarso, Cléon recebe a notícia do assassinato de Marina e teme pela reação de Péricles. Dionisa sugere que se diga que ela morreu de noite de forma natural. Péricles dirige-se a Tarso com Helícano para ir buscar a filha. Dionisa e Cléon mostram-lhe o túmulo de Marina e Péricles declara que nunca mais irá lavar a cara nem cortar o cabelo.

 Em Mitilene, o Alcoviteiro e a Alcoviteira queixam-se por Marina afastar os clientes com os seus clientes com os seus discursos sobre moralidade. Chega Lisímaco e a Alcoviteira adverte Marina de que ele é um homem importante e, por isso, o deve satisfazer. Após conversarem, Lisímaco decide não tirar a sua inocência e parte, decidido a não regressar a um lugar depravado como aquele. Boult preparava-se para violar Marina mas esta afirma que tem muitos talentos que pode ensinar às mulheres da alta sociedade e assim ganhar dinheiro. Assim aconteceu.

 Péricles, impelido pelos ventos, chega a Mitilene. Lisímaco vê o navio e decide entrar. Helícano conta-lhe que chegaram de Tiro e que o rei fazia 3 meses que não falava com ninguém devido à morte da esposa e da filha. Lisímaco lembrou-se de Marina e manda chamá-la para entreter e alegrar o príncipe. Marina canta mas Péricles não reage.

 Péricles olha para Marina e reconhece os seus traços. Pede-lhe que conte a sua história. Após ouvir a história de Marina, Péricles compreende que ela é sua filha. Após sentir alegria, adormece. Diana aparece no seu sonho e diz-lhe para partir para Éfeso e fazer oferendas no seu templo. Péricles chega a Éfeso e, no templo de Diana, conta a história da sua esposa e da sua filha. Taísa, ao vê-lo, desmaia, e Cerímon revela a Péricles que aquela era a sua esposa e explica como a encontrou. Taisa acorda e mostra a Péricles o anel que o seu pai lhes tinha dado antes de partirem. Péricles apresenta-a a Marina e ao seu pretendente Lisímaco. O pai de Taísa tinha falecido e o casamento de Marina e Lisímaco iria decorrer na Pentápole. 

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