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domingo, 29 de abril de 2018

A Raça Maldita


Obra: A Raça Maldita

Autor: Marcel Proust

Páginas: 133

Resumo:
Esta obra é dividida em vários contos:

Dias de Leitura:
O narrador lembra a sua infância e os momentos que passava a ler. Relembra a sua casa e compara o seu quarto a obras de arte e de música. Passava o dia a ler e à noite escondia-se dos pais para ler. O narrador inicia uma reflexão sobre os livros que marcaram a sua infância. Comenta a opinião de Ruskin sobre a importância da leitura e defende que a leitura não é uma disciplina mas sim uma forma de nos introduzir à vida espiritual, cabendo-nos a nós pensar por nós próprios com base nos ensinamentos dos livros.

Raça Maldita:
 Numa vila, o narrador é convidado para um baile pela família economicamente poderosa de Guermantes, com quem tinha um grau de parentesco. O narrador aceita o convite e leva uma flor para a princesa de Guermantes. A princesa cumprimentou-o e o narrador perdeu a sua timidez. Passou a frequentar mais vezes os bailes dos Germantes. O conde de Quercy adormece num dos bailes por estar muito cansado. O narrador, após observar o conde por muito tempo, percebe que este faz parte da "raça maldita", ou seja, faz parte do grupo de homens que são dos homossexuais e têm características femininas. A "raça maldita" tem este nome já que é perseguida e recusada pela sociedade, já para não falar que lhes é difícil encontrar o amor. Ele apaixonou-se por uma mulher mas, quando esta morreu, sentiu vergonha da sua sexualidade. Com o tempo, ganhou orgulho por esta e por si mesmo.

Sentimentos filiais de um parricida

 Quando os pais do narrador morreram, este começou a agir como eles, dando-se com os amigos destes e escrevendo cartas como eles. Quando o Sr. Van Blarenberghe morreu, o narrador mandou cartas de condolência para a esposa e filho. Ao receber a resposta do filho do falecido, o narrador percebe que este escondia atrás da sua aparência uma personalidade cativante. O narrador, impressionado, pensa em responder à sua carta mas acaba por adiar. Certo dia estava a ler o jornal quando leu a notícia de que o filho do Sr. Van Blarenberghe se tinha suicidado alguns dias após matar o seu pai e, mais tarde, a sua mãe. O narrador fica abismado, sem saber distinguir realidade de ficção e verdade de mentira.

A morte de Bergotte

 Bergotte era uma senhora muito doente. Afinal era um senhor que vivia sozinha e gastava muito dinheiro com "rapariguinhas". Antes de falecer, Bergotte sofria de insónias. Apesar de ele não fazer nada, aconselharam-no a descansar, já que o seu problema supostamente se devia ao cansaço. Foi a outro médico que lhe deu um medicamento para ser consumido em pequenas quantidades. Bergotte começou a tomar vários medicamentos sem consultar um médico. Após visitar uma exposição, descansou e adormeceu, não voltando a acordar. Foi sepultado mas nunca se acreditou verdadeiramente que ele tinha falecido, como se estivessem todos à espera que ressuscitasse. 

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