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sábado, 31 de março de 2018

Teatro

Obra: Teatro

Autor:Augusto Sobral

Páginas:390

Resumo:
D. Sebastião

 Neste excerto existem dois cenários:
 No primeiro, Martim Vaz, um homem idoso que tinha perdido a sua fé na religião, conversa com um padre que lhe tenta restaurar a fé. Martim Vaz afasta-se do sermão do padre e visita D. Sebastião, o rei, do qual era conselheiro. O rei desabafa sobre o sentimento de impotência que sentia pela sua posição e Martim Vaz aconselha-o a ganhar ânimo e a falar com outros conselheiros. Os dois presencial a saída das naus para descobrirem novos mundos e Martim Vaz não mostra qualquer entusiasmo pela missão. Martim Vaz começa a ficar mais animado e retoma a companhia dos outros soldados. Num acidente, Martim Vaz falece e D. Sebastião pretende preservar a memória deste.
 No segundo cenário, um Marujo está numa estalagem a beber e acaba por ofender a dona do estabelecimento com as suas canções. A dona do estabelecimento ouve um rumor de que o rei estava disposto a comprar tudo o que fosse trazido da viagem e fica interessada. Um cobrador de impostos para junto do seu estabelecimento após a dona ouvir falar de um trabalho no alto mar onde podia ganhar dinheiro.

Consultório

Um casal de idosos e um jovem conversam na sala de espera de um médico. O senhor do casal tinha sofrido um esgotamento quando o filho morreu e acreditava que o filho tinha fugido de casa. O senhor começa a acreditar que aquele jovem era o seu filho e a esposa pede ao rapaz que finja que concorda. Este assim fez e o senhor ficou a pensar que tinha visto o filho e que este estava bem.

O Borrão

O Conferente e o Presidente fazem um discurso. Após este, os dois ficam sozinhos na sala com um Velho que lhes tenta entregar um cartão com o seu nome e a sua profissão. Após uma conversa demorada entre o Conferente e o Presidente, acabam por aceitar o cartão do guarda-livros. O Presidente tem um ataque de fúria quando vê que o Velho tinha estado ali à meia-noite e meia e o Conferente acalma-o. O Velho acaba por deixar cair tinta para o seu cartão e fica atrapalhado mas os outros dois acalmam-no. A cena acaba com o Conferente a dar boleia ao Velho.

Os Degraus

Prometeus era um jovem que pertencia a um grupo secreto. Não seguiu as instruções dadas pelos seus colegas e foi capturado pela policia, deixando os seus companheiros com receio de que ele contasse algum segredo. O Coronel, ao ver o rapaz, informa o pai deste sobre a sua prisão. O pai fica desolado e humilhado com a notícia. Prometeu tinha uma esposa e um filho que também ficaram abatidos com a notícia. A mãe de Prometeu e a esposa visitam-no e pedem que este fale com o pai após anos de ausência. Prometeu recusa-se dizendo que não tem pai. Prometeu recusa ainda ter uma esposa e um filho, o que magoa a sua mulher. Prometeu afirma ainda que odiava a vida e que viviam em niilismo puro. Prometeu acaba por regressar ao seu grupo secreto. O Coronel segue-o e prende os membros. A cena acaba com Prometeus a dirigir-se ao seu quarto e a expôr o seu plano para derrubar o reino de seu pai.

Quem matou Alfred Mann?

Elisa e Alfredo, um casal de 60 anos passeia pela beira-mar. Elisa repreende o marido por estar sempre cansado. Alfredo exprime a sua vontade de cometer suicídio e leva a esposa para uma zona abrigada de bombas, guerras, homens e animais. Alfredo admite que tinha construído aquele abrigo nos últimos 20 anos e até tinha construído uma máquina que cozinhasse. Elisa admite não querer estar ali e tenta sair mas Alfredo mostra-lhe uma gravação falsificada que anuncia que está uma guerra a acontecer na superfície. No mundo superior, a polícia supõe que o casal foi raptado e procura-o. Elisa afirma que por vezes acredita em Alfredo e noutras não e recomenda que o melhor seria que ela saísse para saber se era verdade. Alfredo ao início mostra resistência mas acaba por ensinar a Elisa como sair. Nesse momento, Elisa desiste da sua ideia e os dois começam a fazer um jogo no qual não se conhecem. Alfredo começa a levar o jogo demasiado a sério e esconde-se. Elisa tenta encontrá-lo mas, ao perceber que não consegue, sai do esconderijo. Ao sair, encontra um casal de pescadores e fica feliz por haver sobreviventes. A polícia chega e leva Elisa e o casal para fora dali.

Memórias de uma Mulher Fatal

 Olinda, uma mulher fatal, inicia a escrita de um monólogo. Apresenta-se como filósofa e recorda a sua mãe. Recorda a sua vida de sucessos. Tenta escrever poesia mas acaba por criar frases já ditas. Recorda-se de uma canção inglesa. Tenta falar de história mas engana-se na história de Alexandre, o Grande. Desliga Gestalt, a Voz-Off que a corregia e fica desesperada quando não consegue reativar esta voz. Acaba por conseguir corrigir o seu erro e Gestalt diz-lhe que é imperativo que ela escreva as suas memórias. Estava contrariada mas Gestalt coloca-lhe um capacete que desperta as memórias de Olinda. O ciclo é novamente iniciado.

Bela-Calígula

Uma atriz ensaia as suas falas. Calígula chega e ajuda a atriz a decorar as falas. Os dois conversam sobre Florbela Espanca e sobre o reinado de Calígula no Império Romano. Calígula procura saber mais sobre a infância da atriz mas esta afirma não ter memórias. Após os ensaios Calígula sai e a atriz decide que se deveria aproximar da família. O actor que fazia de Calígula chega para o ensaio.

Abel Abel

Abel vivia com o irmão Albino e com a mãe. Abel trabalhava no ferro-velho e por isso levou a cadeira de um homem idoso que tinha desaparecido para o seu emprego. Albino tinha ciúmes do irmão e do facto de a mãe lhe dar mais atenção. Certo dia Abel desaparece e a mãe acusa Albino de ter assassinado o irmão. Este nega tê-lo feito mas, quando um polícia o questionava junto com a mãe, enlouquece e foge com a faca, gritando a Abel que o queriam incriminar.

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