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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O Príncipe do México


Obra: O Príncipe do México

Autora: Federica de Cesco

Páginas: 252

Resumo:
 Tecuichpo era filha do imperador Montezuma. Vivia em constante sofrimento com a preocupação pelo futuro do seu povo e por ter crescido sem a sua mãe que se acreditava ter sido envenenada. A princesa Papantzin, tia de Tecuichpo, tinha sido considerada morta enquanto pousava estática na sua cama mas dias mais tarde foi avistada pelas ruas e levada para casa. Proibiram qualquer visita à princesa e fecharam-na no quarto. Tecuichpo tentava sempre visitar a tia mas era impedida e por isso procurava dedicar-se aos seus estudos de astronomia, muito comuns entre os Astecas. Nessa noite, Tecuichpo decide pôr o seu plano em prática e, após ter avisado todos de que não se sentia bem, escalou as janelas até ao quarto da sua tia. Ao chegar a este encontrou a sua tia com o aspeto de um cadáver e com uma mensagem muito preocupante: Tecuichpo devia sair dali antes que homens com armaduras invadissem o local e destruíssem a tribo tal como na visão da tia.
 No dia seguinte, o imperador recebe a notícia de que uma multidão de homens com armaduras de ferro tinha chegado em navios gigantes, tal como na profecia da sua irmã. Tecuichpo pede ao pai para a deixar ver a tia e este aceita. Ao visitar a mulher doente, a princesa ouve que a sua felicidade irá durar pouco tempo e, quando tentava perceber o porquê, a sua tia morre. Guatemoc, sobrinho do imperador, regressa após uma longa viagem e afirma ter desistido de ser padre para ser guerreiro. Após receber algumas chicotadas, o seu pedido é aceite e no dia seguinte prepara-se para partir. Tecuichpo fica desolada por gostar da companhia do primo e este promete-lhe que, quando regressasse, se iria casar com ela, fazendo até um pacto de sangue para o comprovar. Ao saber que o primo chegaria depois de dois dias, Tecuichpo procurou escapar do palácio para se encontrar com ele. Ao chegar junto do primo contou-lhe sobre a morte da princesa e ouviu a história do estrangeiro que o seu primo tinha encontrado e ajudado a regressar ao seu grupo. Guatemoc chega à cidade do imperador após os dois dias, recebe uma corrente como agradecimento por ter lutado contra o Império Maia e pede a mão de Tecuichpo em casamento. O imperador fica surpreendido mas afirma que irá pensar no caso. Nesse dia ouve uma festa em nome de Guatemoc e no dia seguinte este e o imperador jogaram um jogo tradicional. Guatemoc vence o jogo e o imperador elege-o como espia para saber as intenções dos estrangeiros. Ao chegar ao local, Guatemoc é aprisionado junto com os seus guardas.
 O imperador, ao perceber que não tinha notícias do sobrinho à mais de 20 dias, decide casar a filha com o filho mais velho de outro homem poderoso devido ao benefício da união das duas famílias. Um monge, do lado dos espanhóis, fala com Guatemoc, já que os dois já se conheciam, e pediu-lhe que, em troca de ser libertado, fosse ao imperador e lhe dissesse que os estrangeiros vinham em paz. Guatemoc sabia ser mentira mas, ao saber que a sua amada prima se iria casar com outro, aceita. Tecuichpo casa-se contra a sua vontade e, mal consegue, procura fugir dali. Durante a tentativa, Tecuichpo encontra o pai do noivo. Ela considera ser o seu fim e aceita a morte que imaginava vir mas o seu sogro perdoa-a por admirar a sua coragem e deixa-a partir. Ao chegar junto de seu pai, Tecuichpo encontra-o furioso. A sua serva é lançada aos jaguares e ela é aprisionada numa cela imunda à espera de ser escrava do homem mais inferior do reino.
 Os espanhóis continuam a sua conquista por terras e, ao chegar perto do povo de Montezuma, recebe um enviado deste que pede que retomem a casa em troca de escravos. Estes não aceitam e o enviado decide juntar-se ao grupo estrangeiro. Para acalmar a fúria dos deuses e assim salvar a cidade, foram realizados sacrifícios humanos durante três dias e três noites. O imperador chama o seu sobrinho ao palácio já que este tinha regressado da sua missão. Guatemoc contou sobre a mensagem que os espanhóis tinham enviado e afirmou não acreditar na paz que estes prometiam. Guatemoc pretende ainda liderar o exército mas o imperador nega o pedido, afirmando querer paz. Quando os espanhóis chegaram junto do imperador, este deu-lhes abrigo, o que irritou Guatemoc. Cortez, líder dos espanhóis e Montezuma reúne-se em provado para conversar e o primeiro aproveitou para professar sobre a sua religião. O imperador responde que ambos podiam rezar aos seus deuses sem abandonar os antigos num clima de respeito mútuo. O imperador decide dar a sua filha enfraquecida a um dos generais espanhóis e o monge tenta impedir por não haver consentimento das duas partes mas não consegue. Guatemoc decide invadir o quarto do monge durante a noite para saber mais sobre a sua amada. Este obriga-o a prometer nunca atacar um espanhol em troca de informações sobre Tecuichpo e Guatemoc aceita. Guatemoc invade o quarto da Amanda onde se encontrava uma aia apenas mas percebe que não conseguiu ser discreto o suficiente. O prometido de Tecuichpo entra no quarto e procura confrontar Guatemoc mas este acaba por acidentalmente matá-lo, quebrando assim a sua promessa. O monge decidiu contar tudo a Cortez, após a descoberta do cadáver e este fica enfurecido, apenas salvando o monge por este ser um servidor de Deus.
 Guatemoc decide despedir-se da sua amada, deixando-a nas mãos de uma aia, para assim poder fugir dos homens brancos. Ela aceita com esforço e admite fazer de tudo para lutar contra o espírito maligno que cegou o seu pai. O imperador é convidado pelos espanhóis a residir com eles já que o palácio não era mais seguro e, após uma boa conversa por parte de Cortez, aceita. Tez manda chamar o governador da cidade, que ele considerava ser um traidor que queria matar o imperador e mata-o em praça pública. O imperador fica incomodado por tanta crueldade e por não poder fazer nada. Tecuichpo é reconhecida por espanhóis em praça pública e é levada para Cortez. A princesa apenas afirma que o seu primo não o tinha feito de propósito e recusa-se a responder sobre a estadia de Guatemoc. Para surpresa de todos, Cortez liberta-a e deixa-a regressar aos seus aposentos no palácio. Após alguns dias, Tecuichpo pede para ir à ilha onde se reza pelos antepassados e onde estava o seu amante. Os dois conversam e Guatemoc aconselha a sua amada a falar com o seu ex-sogro que, para manter o seu trono sem o domínio espanhol, a iria ajudar. Esta concorda com o plano mas o homem em questão afirmou não confiar em Guatemoc e recusa o pedido de ajudar. Cortez teve conhecimento da traição e decidiu atacar o homem, fazendo com que este percebesse o seu erro. O imperador jura publicamente reverência ao rei de Espanha e a partir daí todos os povos ficam submissos a este.
 Cortez sai da cidade para ir buscar um exército enviado pelo rei de Espanha e demora vários dias. Durante este tempo, um sub-chefe governa o povo e, quando os nativos lhe pedem para realizar uma festividade, ele aceita. O monge vai falar com Tecuichpo e pede-lhe para iniciar uma rebelião antes que Cortez tenha chegado com o exército. Esta afirma que vai ponderar sobre o assunto. Durante a festividade, os espanhóis começam a matar os índios sem justificação e estes começam a fugir por todas as direções. Quando Cortez chega e ouve a notícia da carnificina, repreende o sub-chefe por os pôr em perigo. Os chefes espanhóis, o imperador e Tecuichpo ficaram sob ordens dentro do palácio, estando proibidos de sair, e Guatemoc aproveita para fazer ataques ao castelo, cortando o fornecimento de água a este. Os Astecas aproveitam para atacar os espanhóis, chegando a matar dezenas destes, mas mesmo assim os capitães sobreviveram. Seis meses depois Guatemoc foi coroado imperador pelos anciãos já que o anterior imperador tinha falecido. Os Astecas decidiram fazer furos nos diques para assim destruir os espanhóis e as riquezas a que estes aspiravam. Guardaram algumas jóias e procuraram abrigo.
 Os espanhóis decidem enviar o monge para procurar convencer Guatemoc a render-se para assim acabar com a morte do seu povo mas este recusa em nome da honra do povo. O último confronto entre os dois lados dá-se e Guatemoc, ao perceber a sua derrota, entrega-se a Cortez que lhe responde que Guatemoc e a sua esposa eram seus convidados e não prisioneiros. Guatemoc confessa ao monge que sabe que a sua terra foi destruída e colonizada mas que as raízes estão bem assentes na terra.

2 comentários:

  1. Apesar de estarmos na quadra natalícia, ainda conseguiste vir ao blogue loool =). Será que o livro foi um presente !!!!

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    1. Tal como diz o ditado "quem trabalha por gosto não se cansa" e eu não conseguiria deixar que uma festividade me impedisse de oferecer um resumo aos meus leitores :D

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