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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Cenas da Foz


Obra: Cenas da Foz

Autor: Camilo Castelo Branco

Páginas: 245

Resumo:
Livro Primeiro
A obra é iniciada quando o narrador recebe a visita de uma amigo de longa data que lhe desabafa a perda crescente de dinheiro que tem sofrido por ser viciado no jogo. Bento de Castro, o amigo do narrador, decide-se então a casar com uma mulher rica para endireitar a sua vida e o narrador aconselha-lhe a filha dos seus vizinhos. Após ver a jovem na janela, Bento de Castro concorda e os dois escrevem uma carta amorosa. Através da janela e com a ajuda do narrador, Bento de Castro é convidado pela jovem a conversarem durante uns minutos. O narrador foi no lugar dele, apaixonou-se por outra jovem e ouviu o pedido da jovem para este entrar na casa dela durante um jogo. Este aceita e tem uma breve conversa com a jovem onde admite nunca ter amado (o que fez a jovem ficar mais interessada nele). Os dois discutem sobre alegoria e o narrador, João Júnior, lê-lhe os poemas que tinha escrito para ela. A jovem fica fascinada mas os dois são interrompidos por convidados. Na noite seguinte, João estava à beira-mar a escrever uns versos quando a jovem chega junto dele. Os dois conversam e a jovem pede-lhe para lhe dedicar os versos escritos à beira-mar.
 João Júnior toma Bento de Castro como seu rival e, quando encontra este pelas ruas, É confrontado com a informação de que este usava os seus versos para conquistar outras donzelas. Mesmo assim João decide ajudar o amigo a conquistar a sua donzela. Ben tovai pedir a mão da sua donzela ao pai e este acaba por aceitar. Bento parte assim com a família da noiva até ao casamento e manda cartas ao amigo onde exprime as torturas e humilhações por que passa com aquela família. Bento decide sair daquele lugar por uns tempos e, quando se descobre que a noiva estava grávida, o pai da noiva chama João para avisar Bento de que deveria desposar a filha imediatamente. No dia do parto nasce um menino moreno, sinal de que o filho era do amante da jovem. Bento e João partem do local e o pai da criança nunca mais é encontrado. A jovem casa-se com um homem poderoso.

Livro Segundo
 O narrador passeia pela rua e recorda-se da mulher que captou o seu olhar desde a primeira vez e que por vezes ainda avista pelas ruas. Enquanto ele tocava numa sessão de fado, encontra novamente a mulher misteriosa mas esta parte antes que ele possa fazer algo. No dia seguinte ele decide visitar uma quinta onde sabia que ela estaria por ser a proprietária mas uma senhora avisa-o de que ela nunca saía de casa. Numa noite ele passava por perto quando encontrou  três ladrões. Ao contar a história à dona da quinta, esta fecha a porta da quinta para que este não pudesse mais entrar de noite. O narrador regressa à quinta e avista a senhora pela janela. Esta reconhece-o como o homem da noite passada e, quando este a interroga sobre a razão por ter fechado o portão ela responde que foi para evitar que caseiros o vissem e achassem algo de mal. O narrador decide declarar o seu amor pela senhora e esta apenas lhe responde que este não a conhece. O narrador decide relembrar a noite em que a senhora ouvia os versos dele serem tocados em fado mas esta pede-lhe para não a importunar mais com ideias de amores e pede-lhe para serem apenas amigos.
 A senhora começa a narrar um conto sobre o amor de Leocádia ( que na verdade era ela) e Vasco que foi descoberto pelo pai dela. O O pai perdoa a filha e decide convidar o genro para assim este ficar a saber que tem o apoio do pai da sua amada. No encontro entre os dois, o pai de Leocádia conta a história de vida da filha, com a perda da sua mãe, e pede ao genro que o ajude a guiar Leocádia pelo caminho que o pai lhe escolheu. Após sair da conversa, Vasco encontra uma carta da sua amada onde esta expõe que o plano do pai é casá-la com o filho da madrasta e que o melhor seria os dois fugirem. Vasco pena bastante no assunto mas acaba por escrever uma carta à amante onde admite ser impossível o pedido dela já que ele não os conseguiria sustentar aos dois. Vasco confessa a sua dor à mãe e esta promete ir a casa de Leocádia com ele à noite para ajudar esta a fugir e ficarem na casa de Vasco.
 Leocádia preparava-se para executar o plano quando o pai lhe oferece um ramo de flores como oferta de paz e esta não resiste. Acaba perdoando o pai e conta-lhe o plano. O pai encontra a mãe de Vasco e este e esta convida-o para casa para poderem conversar. Nesta conversa a mãe manda Vasco para o quarto e os dois adultos ficam a conversar sozinhos. O pai de Leocádia realça o facto de o filho ter quebrado uma promessa e pede que nem Vasco nem a mãe se voltem a intrometer na vida da filha. A mãe de Vasco, por mais que lhe custe, é obrigada a aceitar. Dá-se o casamento de Leocádia e a partir daí a vida desta tornou-se um inferno. Leocádia passa a viver em constante vigilância tento apenas a sua criada para a confortar. O pai de Leocádia falece gravemente e, como último desejo, pede que a filha se entregue totalmente de corpo e alma àquele homem. Leocádia aceita contra a sua vontade e ouve a madrasta a culpá-la pela doença do pai. A história acaba e o narrador admite ter que partir. Leocádia insiste em ele ficar por não saber quando teria oportunidade de voltar a conversar com o seu amigo. Por fim, Leocádia conta como o seu esposo a abandonou, dizendo que a sua esposa tinha falecido. Leocádia foi então morar para aquela quinta onde, dias após o narrador ter ouvido a história, veio a falecer.

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