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quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Nome da Rosa


Obra: O Nome da Rosa

Autor: Umberto Eco

Páginas: 612

Resumo: Esta grande obra da literatura do século XXI (não me referindo apenas quanto ao seu tamanho mas também quanto ao seu valor simbólico e literário), insere-se na categoria de romance policial por retratar a busca por um assassino, culpado pela morte de vários membros de uma abadia. Para resolver este mistério, é convocado frei Guilherme de Bascavilla, um homem de cinquenta anos bastante culto e um ótimo detective dos tempos medievais e que se faz acompanhar pelo seu escrivão e discípulo, Adso de Melk que será encarregue de narrar esta obra. Guilherme é bastante interessado pela ciência e pela descoberta o que pode ser observado no início da narrativa, quando Adso descreve todas as engenhocas que o seu mestre carregava, e que o irá levar a ter discussões bastante interessantes com vários membros da abadia, que recorriam a ele, tanto com o objetivo de serem aconselhados, como com o objetivo de o contrariarem, o que confere alguma "agitação" à história narrada.
 Durante a estadia de Guilherme e Adso, muitos foram considerados suspeitos pelas mortes que ocorreram cujo motivo se acreditava ser a chegada do Anticristo que todos receavam. Guilherme, no entanto, não considerava ser esta a razão e por isso continuava a procurar, principalmente depois de reconhecer que estavam relacionadas com a extensa biblioteca da abadia, a qual visitavam quase todas as noites na busca pelo assassino. Para além da falta de testemunhas nos locais do crime, o par tinha ainda a dificuldade de se aventurar pela biblioteca, já que esta era um labirinto que os dois tentavam transformar numa imagem clara de um mapa.
 No final da obra, podemos conhecer o assassino, sendo este Jorge, um ex-bibliotecário cego que queria manter o famoso livro do Riso de Aristóteles fora do alcance de leitores curiosos e que por isso o tinha escondido numa secção secreta da biblioteca, denominada finis Africae, e colocado um veneno perigosíssimo nas pontas das páginas destes para que os seus leitores, ao levarem o dedo à boca ao folheá-lo, o ingerissem e acabassem por morrer. Devo ainda destacar que, nas páginas anteriores a esta descoberta, o leitor pôde observar uma intensa e fascinante discussão sobre se Cristo teria sorrido/rido ou não, na qual Jorge estava presente e que levou este a querer terminar com a obra de Aristóteles por considerar que seria usada contra o que ele considerava os princípios da Cristandade que seriam contrariados por aqueles que anteriormente os tinham seguido mas que se tinham tornado inimigos da Fé por obra do riso.

2 comentários:

  1. Umberto Eco é um dos melhores escritores da actualidade. Tenho muita pena de ele já não se encontrar no mundo dos vivos. E esse foi o primeiro livro que li dele, e continua a ser o meu favorito.

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  2. Concordo perfeitamente com a opinião apresentada sobre Umberto Eco. É um exemplo sem igual de uma harmonia bela entre história e literatura

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