Blogs Portugal

sábado, 18 de maio de 2019

Ájax


Obra: Ájax

Autor:Sófocles

Páginas: 119

Personagens: Atena, Ulisses, chefe dos Cefalénios; Ájax, rei de Salamina; Tecmessa, cativa, mulher de Ájax; Eurisaces, filho de ambos; Teucro, meio-irmão de Ájax; Menelau, rei de Esparta; Agamémnon, general de todos os gregos.

Ação:
 Ulisses andava à volta da tenda de Ájax para saber se ele lá estava. Atena vê-o e pergunta-lhe se precisa de ajuda. Ulisses procurava postas para saber se tinha sido Ájax quem tinha destruído tudo o que os Aqueus tinham tomado aos inimigos. Atena explica que tinha sido Ájax a cometer aquele crime e que o objetivo deste era atacar os generais troianos durante a noite mas Atena tinha-o travado e feito descarregar a raiva no gado. Ájax atacou este a pensar que eram homens e tinha-os levado para a tenda. Para provar, Atena chama Ájax para fora da tenda, lançando um feitiço para que este não consiga ver Ulisses. Atena questiona-o e Ájax responde que tinha morto os generais durante a noite e que Ulisses estava amarrado na sua tenda, pronto a ser torturado. Ájax retoma à tenda e Atena aconselha Ulisses a nunca desobedecer os deuses nem achar-se melhor que os outros para não lhe acontecer o mesmo. Ulisses e Atena saem de cena e chega Tecmessa e o Corifeu. Tecmessa lamenta a doença que tinha caído sob o marido e o Corifeu ouve-a. Tecmessa conta que o marido saiu a meio da noite sem explicar e regressou com cães de pastor, touros e outros animais. Começou a torturá-los enquanto os insultava como se fossem pessoas. Depois saiu da tenda para falar com uma sombra regressou. Aos poucos recupera o juízo e, ao ver a carnificina de animais que tinha feito, começa a lamentar-se. Pergunta à mulher o que é que se tinha passado e esta explica-lhe. Começa longos prantos, sentando-se imóvel entre os animais, sem comer nem beber. Por conselho de Tecmessa, o Corifeu, composto por marinheiros amigos de Ájax, entra na tenda. Ájax fica feliz por os ver mas pede que o matem para acabar com o seu sofrimento. Os companheiros rejeitam esta hipótese e Ájax reflete sobre como foi enganando por Atena e os Atridas, questionando se deveria regressar à pátria ou partir em combate contra os Atridas, que se estariam a rir dele. A esposa e os companheiros tentam convencer Ájax a não combater contra os Atridas por amor à família, já que a esposa e o filho se poderiam vir a tornar escravos deles. Ájax pede que chamem Eurisaces, seu filho. Ájax pede ao filho que cuide da mãe, caso lhe aconteça algo e que, se acontecer algo a Ájax durante a luta com os Atridas, o filho ficaria sob a responsabilidade do tio. Tecmessa tenta convencer o marido da ideia e este finge que decide que o melhor será ir ao rio purificar-se, enterrar a espada e fazer sacrifícios devidos aos deuses.
 Chega um mensageiro e diz ao coro que Teucro tinha chegado e que tinha sido atacado por apoiar um louco mas os anciãos pararam a confusão. Ájax já tinha saído da tenda. O mensageiro afirma que Calcante tinha feito uma profecia a Teucro na qual Ájax deveria aguentar na sua tenda aquele dia todo ou iria morrer. Ájax tinha provocado a ira da deusa Atena por ter afirmado que não precisava de ajuda divina para combater. O coro conta a notícia a Tecmessa e esta, desgostosa, ordena que se vá buscar Teucro e que se procure Ájax. Tecmessa também vai à procura do marido, deixando o filho ao cuidado de escravos.
 Ájax enterra a espada com a ponta para cima, pronto a cair sobre ele e a morrer. Depois de proferir o seu lamento aos deuses, Ájax cai sobre a espada. O coro e Tecmessa chegam ao local e Tecmessa vê o cadáver do marido. Chega Teucro e lamenta pelo irmão. Manda Tecmessa ao acampamento para ir buscar o filho para nenhum inimigo se apoderar dele agora que o pai estava morto. Teucro remove a espada do corpo do irmão. Chega Menelau, que proíbe quaisquer honras fúnebres a Ájax por ter sido um traidor do seu exército, quase o levando à morte ao atacar o inimigo. Teucro impôs-se, defendendo Ájax das acusações que Menelau lhe fazia. Menelau sai. Chega Tecmessa e o filho e começam a realizar as honras fúnebres. Chega Agamémnon que confronta Teucro sobre os insultos que lhe tinha feito. Teucro defende Ájax, afirmando que este tinha salvo Agamémnon e que tinha lutado pelos companheiros. Chega Ulisses que aconselha Agamémnon a diminuir a sua raiva do falecido, já que apesar de ser um inimigo dos dois, era um bom soldado e merecia ser honrado. Agamémnon mostra-se hesitante e aceita apenas se Ulisses se responsabilizasse pela ação. Ulisses assim faz e diz a Teucro para fazer as honras dignas da grandeza do irmão. Teucro, reconhecendo o gesto nobre do ex-inimigo, agradece-lhe e começa a fazer as honras fúnebres ao irmão.

Sem comentários:

Enviar um comentário