Blogs Portugal

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A Triologia de Nova Iorque


Obra: A Trilogia de Nova Iorque

Autor: Paul Auster

Páginas:294

Resumo:

Parte I: Cidade de Vidro

 A personagem principal desta obra chama-se Daniel Quinn, um escritor que publicava artigos sob o nome de William Wilson, o seu pseudónimo e que tinha criado uma personagem chamada Max Work e que era um detective. Certo dia Quinn recebe uma chamada de um homem que procurava um detetive chamado Paul Auster para resolver um assunto urgente. Por desconhecer tal pessoa, Quinn desliga mas os telefonemas não param. Acaba por atender uma segunda vez e decide dizer que é o próprio Paul Auster e marcam um encontro. Peter Stillman, o homem em questão, admite precisar que Quinn, sob o nome de Paul Auster, o ajudasse a vigiar o homem que ele pensa que o quer matar. Este homem é o pai de Peter que durante a infância o negligenciou e que agora tinha saído da prisão. Quinn decide aceitar o trabalho por não querer que outro filho morresse, tal como o seu filho tinha falecido enquanto jovem.
 No dia combinado Quinn vai ter com o suspeito ao comboio, vê-o sair e segue-o até à residência onde este se instalou. Começa a seguir o percurso do homem misterioso mas começa a aborrecer-se com a monotonia dos seus passeios. Num momento de visão, Quinn percebe que os caminhos diários do homem formavam letras que juntas davam "A torre de Babel", nome do livro que o suspeito tinha escrito e que Quinn tinha lido para aprender mais sobre ele. Certo dia, Quinn estava sozinho quando o suspeito se aproxima e começa uma conversa com ele onde se discutem temas metafísicos. O suspeito acaba por admitir que estava em Nova Iorque por esta estar de fragmentos e que o seu trabalho era dar nome aos fragmentos e criar uma nova ordem. No segundo encontro, Quinn menciona o livro do suspeito e discutem o ambiente filosófico que rodeia a personagem principal. No terceiro encontro, Quinn menciona o filho do homem misterioso e conversam sobre a paternidade. No dia seguinte, Quinn percebe que o suspeito já tinha saído do hotel e fica desesperado. Decide então visitar o único Paul Auster da cidade. Vai a casa dele e os dois conversam, tendo Quinn contado a sua história. Auster afirma não ser detetive mas sim escritor e os dois discutem D.Quixote. No dia seguinte, Quinn tenta contactar a esposa de Quinn mas não consegue e por isso vagueia pelas ruas. Passa dias e dias num beco escuro à espera do suspeito mas sem sucesso. Decide telefonar a Auster que o repreende por não atender as suas chamadas e descobre que o cheque que a esposa de Peter lhe tinha dado era careca e que o suspeito que procurava tinha-se suicidado dois meses e meio antes. Decide ir ao ser apartamento e percebe que os inquilinos já o tinham arrendado a outra pessoa. Quinn decide instalar-se num quarto humilde e aí dedica-se a escrever no seu caderno.
 A perspetiva muda e o narrador afirma não saber mais sobre Quinn já que o seu amigo Paul Auster não sabia mais da vida deste. Decide visitar o quarto de Quinn mas neste apenas encontra o seu caderno.

Parte II: Fantasmas
 Blue costumava trabalhar para Brown mas agora trabalha para si próprio. White pede a Blue que siga um homem chamado Black. Blue estranha o misticismo que rodeia o caso mas mesmo assim aceita e obedece a todas as ordens. Muda-se para um apartamento de fronte para o de Black para assim vigiar as ações deste pela janela. Blue começa a sentir-se insatisfeito pela monotonia da vida de Black e, para se entreter, começa a inventar histórias sobre Black e White e a rivalidade entre estes. Black decide variar a sua rotina durante o dia e visita uma biblioteca, acabando por ir almoçar a um restaurante. Blue segue cada passo seu e repara que uma mulher se senta na mesa de Black. Black aparenta ficar triste e a mulher chora. O casal sai do restaurante e Black regressa a casa, tendo Blue a segui-lo. A rotina torna-se novamente monótona. Blue decide então parar a vigília contínua a Black e permite-se ir ao cinema ou a um bar quando percebe que Black não iria sair de casa. Certo dia decide visitar a sua noiva e, ao descobri-la com outro homem, acaba por não a culpar por querer seguir a sua vida quando ele estava ocupado. Regressa ao seu quarto de hotel e começa a ficar intrigado com White procurando saber mais sobre ele. Ao não obter informações decide voltar a investigar Black e, para obter mais informações, mascara-se de mendigo. Quando Black ia a passar na rua, Blue pede-lhe uma esmola e este aceita. Black afirma ainda que o mendigo se parecia com Walt Whitman, explicando as ideias deste sobre o cérebro. Blue faz-se de ignorante e ouve a história. Black menciona vários outro escritores já falecidos ("fantasmas") e admite que o seu trabalho é compreender a vida dos escritores. Blue regressa ao seu quarto e, no dia seguinte, vai a um bar onde sabia que Black iria estar e os dois iniciam uma conversa. Blue adota outra das suas personagens, sendo desta vez um segurador e Black afirma ser um detetive privado. Blue aparenta não dar muita importante e os dois conversam sobre o trabalho. Black afirma estar a vigiar alguém naquele momento mas que o sujeito em si não fazia mais que escrever todo o dia. Os dois partem e, no dia seguinte, Blue usa o disfarce de um vendedor de escovas para entrar no apartamento de Black. Repara no livro que está sob a secretária e Black responde-lhe que é um livro que ele escreve há anos. Dias mais tarde Blue decide invadir o apartamento de Black e, ao ver os papéis sobre a secretária, percebe que eram os seus próprios relatórios semanais. Desiste da missão e desleixa-se na sua aparência. Certo dia decide arranjar-se bem e vai visitar Black ao seu apartamento. Ao chegar a este encontra a porta aberta. Decide entrar e vê Black com uma máscara e uma arma na mão a apontar para ele. Blue mostra-se confuso e Black explica que este tinha sido apenas uma personagem cujo propósito era lembrar Black do seu trabalho. Blue enche-se de ira e retira a arma de Black golpeando de tal maneira que o deixa desmaiado e possivelmente morto. Agarra nos seus relatórios, relê-os e parte sem se saber para onde.

Parte III: O Quarto Fechado
 O personagem principal recebe uma carta da esposa do seu ex-melhor-amigo afirmando que este tinha desaparecido. Os dois marcam um encontro onde a esposa lhe conta toda a história do casal e afirma que ele tinha desaparecido fazia algum tempo mas que apenas quando a altura de queimar os escritos dele é que ela pensou contactar o amigo. Este aceita por ter sido o último pedido do seu amigo que ele lesse  os manuscritos. O personagem procura manter sempre o contacto com Sophie, esposa do seu ex-melhor-amigo, acabando por jantar com ela criando assim um ambiente íntimo. O personagem decide ler os manuscritos do desaparecido e telefona a uma editora para os publicar. A editora afirma que o livro é diferente e por isso pode trazer problemas mas mesmo assim decide publicá-lo. No aniversário de 30 anos da personagem esta acaba por se envolver romanticamente com Sophie e desde esse dia passa a dormir em sua casa todas as noites. Certo dia, a personagem preparava-se para sair quando recebe uma carta do desaparecido onde este lhe diz para convencer Sophie a casar com ele já que ele era a pessoa mais certa para tomar conta dela. O desaparecido pede-lhe ainda que não conte sobre aquela carta a ninguém e que finja que ele está já morto. A personagem assim fez e casa-se com Sophie, adotando o filho bebé desta. Dias mais tarde, o diretor da editora encontra-se com a personagem e afirma que se criou um boato que dizia que o tal amigo misterioso da personagem era na verdade um pseudónimo seu. Para terminar com este boato, a personagem decide escrever uma biografia sobre este, relatando a história da amizade de ambos. Para completar a sua biografia, a personagem decide conversar com a mãe do desaparecido. Na primeira vez, com a presença de Sophie e do bebé, esta foi rude e não falou muito. Mais tarde, esta vai ter com a personagem e os dois falam sozinhos. Ela expressa toda a sua emoção e, após uma troca de bebidas, os dois acabam por se envolver sexualmente, acabando com o personagem a querer procurar o seu melhor-amigo para o matar. O personagem torna-se distante da mulher e dedica-se inteiramente a falar com conhecidos do desaparecido e a ler as suas cartas. A sua esposa, já destroçada com a distância, afirma que, para o casamento deles continua, ele precisava de enterrar o desaparecido. O personagem afirma que iria se esforçar mas que precisava de ir a Paris numa última viagem. Em Paris, conversa com todos os que conheciam o desaparecido e procura retirar informações. O personagem começa a duvidar do seu regresso para junto da família em Nova Iorque e, num dia em que fica embriagado, afirma que um homem era o seu velho melhor-amigo mas este na verdade era Peter Stillman, personagem da primeira parte. O personagem decide regressar para junto da esposa e do filho, estando um ano a tentar reconquistá-la. Certo dia recebe uma carta do desaparecido que marcava um encontro em Boston. Este aceita e os dois encontram-se mas sem se verem, tendo uma porta entre eles. O desaparecido explica-lhe que tinha estado seis anos a fugir, tendo escapado de Quinn, da primeira parte, e vivendo sob o nome da personagem do livro de Peter Stillman, Henry Dark. O desaparecido afirma ter tomado veneno e que, se alguém interferisse com a porta, ele daria um tiro em si mesmo por estar cansado de fugir. Por fim, o desaparecido dá um caderno ao personagem e este parte. Durante o caminho para casa, o personagem lê o caderno, repleto de frases confusas, e deita fora todas as páginas.

Sem comentários:

Enviar um comentário